MUNDO DOIDO-Anitta e a “doença do beijo”: prevenção e a relação com a esclerose múltipla


 


A cantora Anitta revelou diagnóstico do vírus EBV e acendeu o alerta sobre a relação entre a “doença do beijo” e a esclerose múltipla.  — Foto: getty images

A cantora Anitta revelou diagnóstico do vírus EBV e acendeu o alerta sobre a relação entre a “doença do beijo” e a esclerose múltipla. — Foto: getty images

Texto: Richell Martins

Recentemente, a cantora Anitta revelou ter sido diagnosticada com o vírus Epstein-Barr (EBV), causador de uma doença chamada mononucleose infecciosa, um tipo de herpes que manifesta a “doença do beijo”. A informação se tornou relevante porque o mesmo vírus pode estar ligado à esclerose múltipla, uma doença neurológica, crônica e autoimune que não tem cura.

A tal “doença do beijo” foi denominada assim por conta da transmissão, na maioria dos casos, ocorrer pelo contato direto com saliva (no caso de um beijo, por exemplo, ou por espirro ou tosse), mas pode também acontecer pelo contato com objetos da pessoa infectada, como talheres e copos.

“Por se tratar de uma virose que, às vezes, tem uma duração limitada, passa despercebida.
Tanto que, no diagnóstico, se você fizer uma sorologia, há estudos que dizem que 90% da população já teve contato com este vírus”, explica a médica Carolina Gazzaniga (CRM 21981).

Boa parte dos pacientes diagnosticados com o EBV têm entre 15 e 30 anos de idade – Anitta tem 29.

Outro caso que entrou em evidência, ainda em 2022, foi o de Eliézer, participante do BBB que estava com herpes labial e beijou a sister Natália. Ele chegou a ser repreendido pela atriz Maria, também participante do reality.

Os sintomas da doença do beijo

 

Não é só pelo beijo que o vírus EBV pode ser transmitido. Por isso, a prevenção é a melhor conduta.  — Foto: shutterstock

Não é só pelo beijo que o vírus EBV pode ser transmitido. Por isso, a prevenção é a melhor conduta. — Foto: shutterstock

É preciso ficar atento a alguns sintomas importantes, que podem aparecer num período entre 4 e 6 semanas, após o contato com o vírus:

  • Febre alta
  • Mal-estar;
  • Dor de cabeça;
  • Fadiga e cansaço excessivos;
  • Surgimento de ínguas no pescoço;
  • Placas esbranquiçadas na boca e na língua;
  • Náuseas e vômitos;
  • Calafrios;
  • Perda de apetite;
  • Tosse;
  • Dores musculares; e
  • Aumento do fígado e do baço.

 

O diagnóstico pode ser confirmado através de exame de sangue, requerido por um profissional da saúde.

O tratamento

 

Carolina Gazzaniga (CRM 21981) é médica no SESI Ceará.  — Foto: arquivo pessoal

Carolina Gazzaniga (CRM 21981) é médica no SESI Ceará. — Foto: arquivo pessoal

Por não haver cura para o vírus Epstein-Barr, o tratamento é feito em cima dos sintomas.
“Não tem tratamento específico. A conduta é medicamentosa e pode ser à base de antiinflamatório, corticóide, dipirona. Depende muito de cada caso. O importante, mesmo, é a prevenção”, explica 
Gazzaniga.

 

Além dos medicamentos, que devem ser prescritos por um(a) médico(a), é importante o paciente ficar em repouso, alimentar-se e hidratar-se bem.

A relação com a Esclerose Múltipla

 

Ainda não há uma confirmação científica de que haja relação direta entre o EBV e a esclerose múltipla. A suspeita é estudada, há décadas, por médicos e cientistas. Em janeiro deste ano, a Universidade de Havard, nos EUA, publicou os resultados de uma pesquisa realizada com mais de 10 milhões de militares norte-americanos. Em quase todos os casos de esclerose múltipla, a infecção inicial aconteceu pelo vírus Epstein-Barr.

A esclerose múltipla é uma doença inflamatória crônica do sistema nervoso central em que o sistema imunológico ataca as bainhas de mielina (capas de tecido adiposo) que protegem os neurônios do cérebro e da medula espinhal. Quando esta cobertura é danificada, os impulsos nervosos diminuem ou param.

Esta doença pode causar, em diferentes níveis, muitos efeitos sobre a visão, a capacidade motora ou mesmo o controle sobre o próprio equilíbrio.

Cuide da saúde e procure realizar exames

 

A maneira mais efetiva de descobrir e cuidar da “doença do beijo” é realizando exames de rotina, principalmente em caso de sintomas como os citados acima. Nas SESI Clínicas, você encontra uma grande diversidade de serviços clínicos a valores acessíveis. Para mais informações, basta entrar em contato pelo telefone (85) 4009-6300, ou acesse o site: sesi-ce.org.br/para-voce/servicos-medicos-e-clinicos.

Os endereços das unidades SESI Clínicas, no Ceará, são os seguintes:

FORTALEZA
📍 Centro – Av. Padre Ibiapina, 1449
📍 Parangaba – Av. João Pessoa, 6754

MARACANAÚ
📍 Distrito Industrial – Av. do Contorno, 1103

SOBRAL
📍 Campos Velhos – Av. Dr. Arimatéia Monte e Silva, 1003

JUAZEIRO DO NORTE
📍 Pirajá – Rua José Marrocos, 2265

FIEC - Federação das Indústrias do Estado do Ceará

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