Com dificuldade em encontrar um presidente bem como reformar a diretoria executiva, o Potiguar corre serio risco de pedir licenciamento à Federação Estadual de Futebol, ficando de fora do Campeonato Estadual de 2017.
O alvirrubro está sem presidente há pouco mais de um mês desde que Benjamim Machado renunciou o cargo. O vice Max Fernandes também tomou a mesma decisão. Como o atual mandato se vence em setembro do próximo ano, o Potiguar tenta ocupar os cargos vagos para o mandato “tampão”, mas aí onde reside o grande problema.
Pelo regimento do clube, na desistência do presidente e do vice, o Conselho Deliberativo (CD) é quem responde pelo time. O Conselho já realizou três reuniões e nenhuma delas conseguiu resolver a situação.
Alguns convites foram feitos, mas o Potiguar ouviu o não das pessoas pelas quais o clube apostava para a sua gestão, no caso os empresários Jorge do Rosário e Edmilson Boiadeiro. O primeiro já presidiu o Potiguar num passado recente e, apesar de recusar o convite ele garantiu que continuará apoiando, mas como abnegado/patrocinador.
Outras pessoas ligadas ao clube também foram consultadas e também disseram o não. Umas alegaram não ter condição financeira e outras justificaram à falta tempo, já que para gerir um clube de futebol precisa ter disponibilidade.
“Existe sim, essa possibilidade”, admitiu o vice-presidente do Conselho, Carivaldo Dias, referindo-se ao licenciamento caso as coisas não mudem positivamente nos próximos dias.
O Conselho não confirmou, mas é provável que esta quarta-feira, 9, ou quinta, 10, aconteça uma reunião onde será decidido o futuro do clube. “Vai ser uma reunião onde será dado o ultimato”, informou o presidente do CD, Luzenildo Roberto.
CONJUNTURA
A dificuldade em encontrar um presidente pode estar ligado à atual conjuntura do clube e também do futebol local. Isso porque existe uma dívida da Série D do Brasileiro com atletas, funcionários e fornecedores para o futuro presidente administrar. Apesar de ser um débito administrável dito pelos atuais dirigentes, não é bom iniciar uma gestão com contas a pagar.
Outro problema é a situação do Estádio Leonardo Nogueira. O campo está interditado pelo Corpo de Bombeiros e, ainda assim necessita de reforma urgente no gramado, e por isso mesmo não se sabe se será liberado em tempo para o Estadual, que começará daqui a 68 dias,
Com a ameaça do Nogueirão de ficar de fora do Estadual, significa que o Potiguar terá de mandar os jogos fora de Mossoró, tomando prejuízo técnico e sobretudo financeiro.
Tais problemas causam uma sensação desagradável ao ponto de “espantar” supostos pretendes ao cargo de presidente do Potiguar.
POSSIBILIDADE
Um dos problemas citados, no caso a dívida contraída na Série D, poderá deixar de existir, o que amenizaria a situação do clube. Isso será possível caso a Prefeitura repasse a cota de patrocínio no valor de R$ 60 mil a qual está atrasada há quatro meses.