MOSSORÓ RN-POLÍCIA FEDERAL CONTINUA CAÇADA AO EMPRESÁRIO EDVALDO FAGUNDES E AO FILHO
O empresário Edvaldo Fagundes de Albuquerque e o filho Rodolfo Leonardo Soares Fagundes de Albuquerque continuam sendo procurados pela Polícia Federal.
Segundo o Ministério Público Federal, o empresário, mulher e os filhos comandavam “organização criminosa” que deixou um rombo no fisco de meio bilhão de reais.
Nas investigações da PF, segundo o MPF, foi descoberto envolvimento direto de 20 pessoas, sendo que destas o núcleo administrativo (10 pessoas) teve prisão preventiva decretada.
Veja como foi a operação que resultou na prisão da família de Edvaldo Fagundes.
MPF diz que família de Edvaldo Fagundes comandava “organização criminosa”.
Apesar do esforço de 50 policiais federais no cumprimento da decisão de prisão preventiva assinada pelo juiz Federal Orlan Donato, Edvaldo Fagundes e o Filho não foram localizados.
Segundo o chefe da Delegacia da PF em Mossoró, Madson Henrique, os dois são considerados foragidos da Justiça. Os nomes deles foram incluídos no rol de procurados no País.
Dos oito presos, cinco estão no setor de triagem da Cadeia Pública de Mossoró. O sexto é o advogado Tupinambá de Paiva Carvalho, que já foi solicitado prisão domiciliar.
A mulher de Edvaldo Fagundes, Zulaide de Freitas Gadelha e a filha Ana Catarina Fagundes de Albuquerque estão na Cadeia Pública Feminina dentro do Centro Penal Doutor Mário Negócio.
O MPF acredita que ainda durante o final de semana, todos os advogados dos réus devem entrar com pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal, de Recife.
Inclusive, o procurador federal Emanuel Pereira disse sobre esta questão: “Vamos esperar para ver como o TRF vai se comportar diante desta decisão”, destaca.
Operação com efeito pedagógico
O procurador da república Emanuel Pereira falou da importância do trabalho da Receita Federal, em parceria com o Ministério Público Federal e Polícia Federal, no combate à sonegação de impostos e suas consequências graves a sociedade.
“A mensagem é muito forte para a sociedade, de que não se deve constituir empresas de fachada, por exemplo, com a finalidade de sonegar milhões em detrimento de ações públicas que possa ser realizado em benefício da sociedade”, diz Emanuel Pereira em vídeo (acima).
Cronologia da Operação Salt
17 de abril de 2015 – A PF e o MPF, por determinação do juiz Orlan Donato, da Justiça Federal de Mossoró, cumpriu as ordens de prisões contra 10 que haviam sido denunciados no mês de janeiro de 2015 que, segundo o MPF, são do setor administrativo do que eles chamam de “organização criminosa.
26 de março de 2015 – A PF desencadeia a Operação Salt II. Nesta fase da operação, os policiais federais, Ministério Público Federal, Receita Federal e Técnicos do Tesouro Nacional, constataram que o empresário Edvaldo Fagundes e seus familiares continuavam praticando crimes de sonegação fiscal. Desta vez a PF comprovou que ele comprou máquinas industriais nos Emirados Árabes e declarou a Receita Federal um valor subfaturado e assim pagou bem menos impostos do que o devido. Nesta operação, 15 policiais apreenderam grande quantidade de documentos na sede das empresas de Edvaldo Fagundes, mulher e filhos.
Janeiro de 2015 – Ministério Público Federal ingressa com várias ações na Justiça contra o empresário e seus familiares, acusando-os de sonegação de impostos, fraude, organização criminosa, entre outros crimes igualmente graves. Nesta fase, o rombo causado aos cofres públicos em função da sonegação de impostos já ultrapassa a casa de meio bilhão de reais. Devido a reincidência da família de Edvaldo Fagundes nos mesmos crimes, o Ministério Público Federal abriu processo contra 20 pessoas e dezenas de empresas que teriam deixado rombo de R$ 500 milhões nos cofres públicos. Dos 20 processados, o MPF pediu a prisão preventiva de 10 que faziam parte do núcleo administrativo do que eles chamaram de “organização criminosa” liderada pelo empresário Edvaldo Fagundes, mulher e filhos.
17 de dezembro de 2013 – Depois de seis meses de investigação em parceria com a Receita Federal e técnicos do Tesouro Nacional, a Polícia Federal desencadeia operação Salt I, com o objetivo de desarticular a “organização criminosa. O MPF informou na época que Edvaldo Fagundes e seus familiares criavam empresas nos ramos da carcinicultura, tecelagem, salineiro, venda de veículos e combustível, encabeçadas pelos chamados “laranjas”, para o fim de sonegar tributos e promover a lavagem do dinheiro. O rombo, na época, chegava aos R$ 400 milhões. Nesta operação 88 policiais federais cumpriram 21 mandados de busca e apreensão nas empresas do grupo Líder no Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará e Pernambuco, tendo apreendido uma grande quantidade de documentos, dinheiro, carros de luxo, joias e até um helicóptero. Até então eram 37 empresas investigadas.
2004 – Receita Federal autua o empresário Edvaldo Fagundes por sonegação de impostos. O processo corre e destes origina vários outros. Neste processo, o empresário Edvaldo Fagundes, conforme apurou a PF, se quer deu satisfação a Receita Federal, que deu andamento ao processo até que chegou a execução e início das investigações criminais por parte do Ministério Público Federal e a Policia Federal.
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