Com o reajuste, o produto custará no País em média 63% mais caro que no mercado internacional – o que reforça a preocupação da estatal em ampliar a geração de caixa para aliviar os impactos da crise econômica.
Em nota, a estatal informou que espera um impacto sobre o preço cobrado ao consumidor final de 5%, de acordo com a destinação do produto. Para o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás (Sindigas), entretanto, o impacto pode chegar a até 10%. O aumento, porém, não terá impacto no IPCA, que só leva em conta para o cálculo o botijão de 13 kg.
No caso do botijão de 13 kg o aumento de 23% entrou em vigor no dia 2 de setembro. Com isso, o preço teve uma majoração que variou de R$ 7,00 a R$ 12, dependendo da localidade. O valor do botijão de gás, que custava entre R$ 46 e R$ 50 no Brasil, passou a custar entre R$ 57 a R$ 62. Em Natal, ele está sendo vendido na porta de casa a R$ 60., mas o consumidor poderá comprá-lo mais barato através do vale-gás vendido nas principais redes de supermercado da cidade.
Segundo Francisco Correia, presidente do Sindicato das Revendedoras Autorizados de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) no Rio Grande do Norte (Singás-RN), foi preciso repassar o aumento integral para o consumidor. Foi a primeira elevação de preço anunciado pela estatal, depois de 13 anos. A data coincidiu com o dissídio trabalhista.
Distribuidoras e revendedores têm liberdade para revisar os preços por conta própria, em porcentuais superiores ou inferiores ao da alta imposta pelas refinarias da Petrobras, de 15%. Em vários estados, os revendedores fizeram a opção de manter essa média no reajuste. No Rio de Janeiro, o consumidor final está pagando R$ 7 a mais pelo botijão, que ficou perto da casa dos R$ 55.