MOSSORÓ RN-Impeachment saiu quando Cunha percebeu traição do PT e movimento de Janot
Segundo colunista, Cunha já tinha até agendado uma entrevista à uma revista semanal para anunciar que o impeachment seria na segunda (7). Mas agiu antes, quando percebeu, tarde demais, que foi “enrolado” pelo PT
Jornal GGN – A jornalista Mônica Bergamo (Folha) publicou, nesta sexta (4), informações (vejaaqui) sobre a conjuntura que levou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), à deflagração do processo de impeachment contra a presidente da República, Dilma Rousseff (PT).
Segundo a colunista, Cunha tinha informações de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediria seu afastamento ao Supremo Tribunal Federal nos próximos dias, e estabeleceu a segunda-feira (7) como prazo final para receber uma posição sobre a ajuda do PT no Conselho de Ética.
Se nessa semana a bancada não votasse contra o processo de cassação, o peemedebista daria uma entrevista exclusiva a uma revista semanal antecipando a notícia do impeachment e, na segunda, daria encaminhamento na Câmara. Mas com o anúncio do PT de que votaria contra Cunha no Conselho de Ética, o presidente da Casa decidiu reagir imediatamente.
Aliados teriam confirmado à Folha que Cunha já suspeitava que estava sendo “enrolado” pelo ministro Jaques Wagner (Casa Civil), que sempre soube que o PT não votaria contra o processo de cassação do peemedebista, mas segurou as negociações o máximo que pôde para dar tempo de o Congresso aprovar a alteração na meta fiscal.
De acordo com Bergamo, Cunha acredita que antecipando o impeachment, deixa o PGR Rodrigo Janot de mãos atadas. Isso porque, se Janot pedir o afastamento do presidente da Câmara agora, dará musculatura às acusações de que atua para ajudar o governo Dilma.
Além disso, Cunha se apegou à ideia de que em um eventual governo Temer, terá mais condições de se livrar do processo de cassação no Conselho de Ética, que corre a reboque de revelações da Lava Jato.
Por parte do Planalto, a leitura era de que o importante era segurar o impeachment até a aprovação da meta fiscal, para não atrapalhar a vida do plenário do Congresso e inviabilizar o governo economicamente em 2016. O ano já é considerado pior, em termos de crise fiscal, do que este e, nesse âmbiente, os petistas acham que seria impossível obter votos para segurar a deposição de Dilma. Por isso, há uma orientação de caciques para que um desfecho aconteça ainda este ano, enquanto o governo tem demonstrado ter a base minimamente realinhada.
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