Blog do Levany Júnior

MOSSORÓ RN -Corretor foragido de Mossoró por estelionato se apresenta à polícia e é preso

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Postado em  07/08/2014 – 16:33

Corretor foragido de Mossoró por estelionato se apresenta à polícia e é preso

Cerca de três meses depois da operação “Alto das Brisas”, deflagrada pela Delegacia Especializada em Falsificações e Defraudações (DEFD) de Mossoró contra suspeitos de aplicar golpes imobiliários na cidade, o corretor de imóveis Severino Alves Rodrigues Neto, de 46 anos de idade, se apresentou à polícia e foi preso.

Ele estava foragido da Justiça. Segundo o delegado José Vieira, titular da Defraudações, Neto tinha sido detido na época da ação policial no final do último mês de maio que prendeu também Marcelo Paollo dos Santos, 34 anos; e Anny Karolyni Câmara, 30 anos, mas, conseguiu liberdade provisória, vindo à se evadir.

Ainda de acordo com Vieira, somente no final do mês passado foi que o corretor se apresentou à polícia e foi encaminhado para a Cadeia Pública de Mossoró. Ele foi indiciado por estelionato ao final do inquérito policial junto com Marcelo e Anny.

“Alto das Brisas”

A operação denominada “Alto das Brisas” revelou um grupo de pessoas suspeitas de aplicar golpes em Mossoró. As fraudes, segundo o delegado José Vieira, titular da DEDF, são relacionadas à venda ilegal de imóveis.

Durante a operação, os agentes da Delegacia de Falsificações e Defraudações tinham como objetivo cumprir três mandados de prisão preventiva, expedidos pela 2ª Vara Criminal da comarca de Mossoró em desfavor de: Marcelo Paollo;; Anny Karolyni; e Severino Neto.

O trio vinha sendo investigado por arquitetar e executar golpes envolvendo a venda fraudulenta de imóveis. Segundo as investigações feitas pela Polícia Civil, o casal Marcelo Paollo e Anna Karolyni era proprietário da construtora Cerâmica Top Line Ltda., e, por meio desta empresa, juntamente com o corretor Severino Ramos Rodrigues Neto, organizaram um esquema de fraude para obter indevidamente vantagens econômicas.

Esquema

Segundo a polícia, o esquema funcionava da seguinte forma: o grupo ofertava e vendia apartamentos na planta ao preço total, com valor bem abaixo do mercado, de R$ 15.000,00, e sem qualquer regularização perante os órgãos públicos competentes responsáveis pelo parcelamento do solo urbano e desenvolvimento territorial.

O grupo usava o artifício de que se tratava de uma inovação no material empregado na obra, material apontado pelos suspeitos como “tijolo ecológico”, que teria sido supostamente por ele criado, modulado e moldado com uma cola especial, que baratearia o custo da obra. Para atrair as vítimas, o grupo oferecia o negócio como algo jamais visto no mercado imobiliário.

A forma de ação era sempre a mesma, após a venda desses apartamentos, as vítimas recebiam um prazo para entrega, o qual era sempre postergado pelos investigados, o que fazia com as vítimas rescindissem os contratos e buscassem o ressarcimento dos valores pagos. Era quando as vítimas percebiam que haviam caído em um golpe porque eram ressarcidas dos valores pagos pelo suposto apartamento, com cheques sem fundos.

De acordo com a investigação, uma das vítimas comprou mais de 10 apartamentos, por considerar os preços muito bons. Conforme informações prestadas por especialistas da área da construção civil, a média de preço de um apartamento pequeno e simples é de R$ 35.000,00. Averiguou-se, ainda, que o terreno e a obra onde seriam construídos os supostos apartamentos estavam sem alvará de licenciamento urbano e, ainda, havia mais de 10 itens de irregularidades.

 

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