Desde a morte de Campos, Marina está reclusa em seu apartamento em São Paulo e se recusa a falar sobre a corrida eleitoral após o acidente. A ex-ministra, no entanto, teria dito que não poderia se opor a uma decisão do partido. O PSB vai consultar as suas lideranças e parlamentares nos próximos dias e espera tomar uma decisão na quarta-feira,20, quando haverá uma reunião da Executiva da sigla.
Relato
Segundo o presidente em exercício da sigla, Roberto Amaral, foi comunicado a Marina que o PSB vai se reunir na próxima quarta-feira, 20, para tomar uma decisão referente ao processo eleitoral. Já há consenso, porém, que o nome da vice é o ideal para assumir a cabeça de chapa.
“A nossa prioridade é enterrar o Eduardo. Fazer as homenagens que ele merece. Somente depois vamos discutir o cenário eleitoral”, afirmou.
Estiveram no apartamento da vice, além do Amaral, o secretário executivo, Carlos Siqueira, a deputada Luiza Erundina (PSB), e Milton Coelho, que foi secretário de Campos em Pernambuco. O porta-voz da Rede Sustentabilidade, Walter Feldman, também acompanhou o grupo. Bastante emocionado, Amaral disse que não visitou a ex-ministra antes porque “não tinha condições emocionais”. “A gente olha para a Marina e vê o Eduardo.”
RESPEITO
Amaral é apontado como um dos principais focos de resistência ao nome de Marina. Bastante ligado ao PT, ele foi contra a aliança com a ex-ministra e havia se afastado do dia a dia da campanha.
Questionado sobre o assunto, disse que jamais escondeu as divergências com Marina, mas afirmou que isso nunca os impediu de ter uma relação respeitosa.
Segundo os presentes na reunião, Marina continua bastante emocionada com o que aconteceu. Ela teria conseguido falar com Renata, a viúva de Campos, por telefone na noite de quinta-feira, 14.
Prazos
De acordo com a legislação eleitoral, o PSB tem dez dias, a partir da data da morte de Campos, para apresentar um novo candidato à Presidência. Na terça-feira, 19, na estreia do horário eleitoral na TV, o PSB vai homenagear Campos na propaganda.