Macau RN; PF investiga se Polícia Legislativa tem equipamentos para grampo
A Polícia Federal também está investigando se a Polícia do Senado tem e usou equipamentos de grampo telefônico nas supostas tentativas de atrapalhar as investigações da Operação Lava-Jato sobre senadores e ex-senadores.
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Sarney, Gleisi, Collor e Lobão teriam se beneficiado de uma ação de obstrução da polícia legislativa do Senado, segundo as investigações, para atrapalhar apurações da Lava-JatoSarney e Gleisi seriam beneficiários de ação para atrapalhar investigação da Lava-Jato
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As suspeitas de que foram feitas escutas clandestinas surgiram ao longo das investigações e foram reforçadas nos últimos dias com indícios de vazamento de informações sigilosas. Por esse motivo, a polícia teve até que antecipar a deflagração da operação para ontem. A PF ainda não tem, entretanto, provas de que isso de fato ocorreu.
O policial legislativo Geraldo César de Deus Oliveira, um dos presos da Operação Métis e solto no fim da tarde, confirmou ter feito varredura contra grampos por ordem do seu superior na Polícia do Senado, Pedro Ricardo, em endereços ligados aos senadores Fernando Collor e Gleisi Hoffmann, ao ex-presidente José Sarney e ao ex-senador Lobão Filho.
Oliveira disse que chegou a manter contato telefônico com a Procuradoria-Geral da República para informar das varreduras. Ele afirmou que temia ser confundido com “um espião” e também ser acusado de estar protegendo parlamentares investigados pela Lava-Jato.
O policial contou que, após receber a ordem para fazer varredura em endereço de Sarney, decidiu questioná-la. Segundo ele, Pedro Ricardo respondeu que ele “deveria ir, simplesmente por ser uma ordem já que o pedido havia sido feito por um ex-presidente. Segundo Oliveira, Pedro Ricardo avisou que, acaso a ação fosse questionada, poderia ser dito que tal medida foi realizada como precursora para uma visita do presidente do Senado, o que legitimaria a ação da contramedida de segurança”.
A primeira varredura com esses aparelhos que despertou suas suspeitas, disse Oliveira, foi realizada na casa de Marcos Regada, segundo ele, um genro do ex-senador Lobão Filho. Ele disse à PF que, a princípio, não sabia, mas depois descobriu que a varredura não “estava relacionada com o exercício do mandato de um senador”, mas sim com “a campanha política de Lobão Filho ao governo do estado”.
O Globo
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