MACAU RN-“Faremos oposição democrática para ajudar Governo Robinson Faria”
Alex Viana
Repórter de Política
A prefeita em exercício de Natal, Wilma de Faria, presidente do PSB no Rio Grande do Norte, afirmou que a legenda fará oposição vigilante e democrática ao futuro governo Robinson Faria (PSD). Em entrevista ao Jornal da Cidade, da FM 94, a socialista declarou que a bancada de deputados estaduais do PSB, composta pelos parlamentares Márcia Maia e Tomba Farias, atuará de conformidade “como caminharão as coisas”. Ou seja, se o governo estiver indo bem, apoiará. Se mal, desagregará.
“Começamos a conversar com os vereadores e deputados. Estamos na expectativa. Somos oposição, mas vamos fazer uma oposição vigilante e democrática para ajudar o governo. Vai depender como as coisas vão caminhar. Faço votos que se faça uma boa administração que o Rio Grande do Norte, que está realmente no fundo do poço”, disse Wilma, sobre o futuro governo Robinson, a tomar posse em janeiro que vem.
Sobre as dificuldades financeiras a serem enfrentadas pela nova gestão, Wilma lembrou que há um déficit de mais de R$ 1 bilhão no orçamento estadual para 2015, somente para pagamento de pessoal. “Sem falar em relação aos serviços essenciais, na manutenção desses serviços e também no orçamento que não atende aquilo que precisa ser atendido em relação à saúde, à educação, à segurança, principalmente”.
Para Wilma, o Estado nunca teve recursos orçamentários suficientes para atender a todas as demandas. “E agora a situação se agravou. Primeiro porque na atual gestão infelizmente a gente vê um governo que até atrasar os salários de funcionários atrasou, que acabou com o Programa do Leite, que deixou de realizar obras que poderia ter realizado e que não teve nenhuma inovação. Tudo que foi feito, foi feito exatamente dando continuidade às obras que nós tínhamos iniciado (na gestão do PSB)”, ressaltou a socialista.
Wilma elogiou o fato de o futuro governador estar colocando o Estado sob perspectivas boas. “Eu desejo sucesso ao governador eleito Robinson Faria, que cumpra com os compromissos. Nós vamos ter um comportamento de independência, para aprovar o que for bom para o Estado, e não aprovar aquilo que não for bom. A situação é tão grave hoje no Brasil, e também aqui no Estado, que nós tomamos essa posição de independência, mas vai ter momentos em que o PSB vai ser oposição, se não concordar”.
Sobre o futuro político, Wilma disse estar cedo para falar. A hora, segundo ela, após a derrota nas urnas, é de reflexão. “De analisar os erros que se cometeu, de estratégia. Uma campanha envolve vários partidos, a integração de várias legendas. Você teve uma campanha diferente das outras campanhas, porque, geralmente, a eleição presidencial era uma eleição que não era tão falada, como foi falada esse ano. Esse ano Dilma teve mais votos que em 2010. E como nós estávamos na oposição, também influenciou no resultado da eleição. Afinal, o Nordeste todo deu mais de 70% dos votos a Dilma. Nós tínhamos uma posição diferente, que também influenciou na eleição. Nós temos ainda muito para refletir”, disse.
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