Vital do Rêgo, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU)(Agência Senado/VEJA)
O ex-tesoureiro da prefeitura de Campina Grande (PB) Rennan Farias afirma em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo que o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo (PMDB-PB) recebeu dinheiro desviado de obras da administração municipal em 2010, durante a campanha para o Senado. Farias diz que ele mesmo fez as entregas “diretamente no apartamento” de Vital, no bairro da Prata, em Campina Grande. “Eu deixava lá o pacote, depois ele fazia toda a repartição e resolvia seus problemas de campanha”, disse ao jornal o ex-tesoureiro. O peemedebista, eleito senador naquele ano, será um dos nove ministros que vai analisar as contas de 2014 da presidente Dilma Rousseff.
Além do ministro, Farias disse que também fez entregas ao irmão dele, o deputado federal Veneziano Vital do Rêgo (PMDB-PB), e a firmas que atuavam nas campanhas da família. Vital e Veneziano negam as acusações.
De acordo com o jornal, a verba foi desviada de um contrato de 10,3 milhões de reais da prefeitura com a empreiteira JGR, que não realizou nenhuma obra. A prefeitura assinava o contrato com a empresa, que previa, genericamente, obras “em diversas ruas de diversos bairros” da cidade. Os cheques da gestão municipal eram repassados às firmas Compecc e Contérmica, sediadas em João Pessoa. Elas, então, sacavam o dinheiro e repassavam a Rennan Farias, que entregava o montante à família Vital do Rêgo. Farias estima que foram desviados cerca de 4 milhões de reais.
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