Neste domingo, 13 de novembro, completou um ano do afastamento do prefeito eleito de Macau em 2012, Kerginaldo Pinto, mesmo período que responde pela gestão municipal, o advogado e até então vice-prefeito, Einstein Barbosa. Nesses doze meses, a apesar da frustração de receitas que castiga os municípios, a Prefeitura de Macau arrecadou até hoje, pouco mais de R$ 57 milhões.
Einstein chegou à prefeitura de paraquedas pelas vias judiciais e manteve o mesmo Secretário de Finanças do seu antecessor, que na época, antes de Kerginaldo ser afastado, havia apresentado em entrevista no rádio um raio x das finanças, diagnosticando um déficit mensal superior a R$ 1 milhão, mesmo assim, pouco foi feito para cortar gastos e adequar a gestão a essa nova realidade.
Tiro no escuro?
Einstein não chegou ao poder feito cego em tiroteio, já havia exercido alguns cargos, entre eles: assessor jurídico e secretário municipal de Gestão e Serviços da Prefeitura, além de ter indicado pessoas de sua confiança para pastas importantes, a exemplo da Tributação. O advogado participava do sistema governista desde 2005, até ser indicado candidato a vice-prefeito pelo então prefeito e líder político Flávio Veras.
“Faltou planejamento e disposição para cortar na carne e começar um governo novo. Com a exceção do contrato da empresa de lixo que apresentou uma redução no custo, a folha de pagamento dos comissionados pouco foi reduzida, somando ainda a essa conta, os altos valores de alugueis de imóveis e veículos, além da folha de contratados e outros vícios”, opinou uma fonte que conhece bem as finanças da prefeitura.
Detalhe é que tudo isso aconteceu com a benevolência da Câmara Municipal, já que a maioria dos vereadores se afastou do governo em um primeiro momento, mas depois, para se salvar politicamente nas tetas do poder, se juntou ao prefeito interino, e “tudo continuou dantes no quartel D’Abrantes”, como diz o velho e conhecido ditado.