combater “licitações viciadas”
Aparentemente tudo parece legal nas licitações, senão fossem os mesmos procedimentos de ausência de publicidade dos atos e a opção por pregão presencial, muitas vezes em se tratando de verbas federais. Os indícios apontam que os processos licitatórios e a rotina nos pregões é sempre a mesma: algumas empresas (três ou cinco) retiram o edital, mas apenas uma apresenta proposta.
Os indícios de irregularidades tem levado o Ministério Público e a CGU a realizar várias diligências, tanto nos governos estaduais, quanto em uma boa parte das prefeituras do país, e claro, o Rio Grande não fica fora dessa triste realidade. Algumas empresas de coleta de lixo, prestação de serviços terceirizados, assim como fornecedores de medicamentos e merenda escolar e aluguel de veículos são velhas conhecidas do MP na formação de carteis para favorecer gestores envolvidos em esquema de corrupção.
Cada dia que passa, o cerco se fecha e os gestores e ordenadores de despesas correm risco de se envolverem em operações do MP Federal e Estadual. Alguns empresários que detém o controle de grupos, inclusive com empresas em nome de laranjas, também estão na mira do MP. “O mal do século no país é a corrupção, e é dever dos procuradores e do Estado ajudar nesse combate. O desafio do governo é construir uma estrutura política de estado porque os mandatos têm fim, mas as estruturas não”, opinou o Procurador Geral de Justiça do RN, Rinaldo Reis.