“Não vejo nenhuma ameaça. Só crescimento”. Foi com esta avaliação que o gerente geral da Refinaria Potiguar Clara Camarão – RPCC, Artur de Oliveira, prognosticou o cenário de curto prazo para aquela unidade. A opinião foi apresentada durante reunião realizada na tarde desta segunda-feira, 24, em Natal. Na ocasião, diretores do SINDIPETRO-RN deram continuidade à rodada de conversações com dirigentes locais da Petrobrás, buscando conhecer melhor os possíveis impactos do novo Plano de Negócios e Gestão, nas diversas áreas de atuação da Companhia.
Segundo Artur de Oliveira, diante dos problemas vivenciados pela Petrobrás, a equação que os gestores precisam resolver no momento é: “como gerar mais receitas e reduzir custos, assegurando a existência de um ambiente seguro, livre de acidentes com pessoas, instalações ou impactos ambientais?”. Contudo, mesmo reconhecendo a existência de uma conjuntura caracterizada por diversas dificuldades, o gerente se mostrou otimista. Pelo menos, com relação à RPCC.
Durante o encontro, Artur informou que, “até o final do ano, serão investidos cerca de R$ 46 milhões”. Com isso, a capacidade produtiva da Refinaria deverá passar a 8.200 m³ por dia, ou, cerca de 51 mil barris, superando a de Manaus. Segundo o gerente, “não será por falta de QAV (Querosene de Aviação) que o “hub” da Latam deixará de se instalar no Rio Grande do Norte”. A parada de produção que permitirá a manutenção de equipamentos e a ampliação da Torre II está prevista para o início de novembro.
Preocupados com o outro lado da equação que, normalmente, recai sobre os ombros dos trabalhadores, os dirigentes sindicais indagaram sobre a política de redução de custos. Fazendo uma analogia com a situação de uma família que decide cortar o curso de inglês do filho, mantendo o pagamento da faculdade, Artur Oliveira falou em rever contratos, diminuir despesas com diárias, hospedagens e veículos, descartando qualquer impacto que venha afetar salários ou direitos trabalhistas consagrados.
Questões pontuais – Além dos temas gerais, a reunião com a Gerência da RPCC abordou questões corporativas pontuais, relativas ao dia de desembarque do sobreaviso, pagamento de horas extras ao pessoal do sobreaviso eventual, frequência e retorno de férias, além de ambiência no local de trabalho, o que exigirá um nível de diálogo constante das gerências e supervisores com a força de trabalho. A discussão desses pontos deverá ser retomada em breve, assim que o RH concluir a elaboração de um novo Padrão.
Representando o SINDIPETRO-RN, participaram da reunião os diretores Márcio Dias, Ricardo Péres, Cássio Jerônimo, Thiago da Rocha e Wagner Gomes.