“Quando a companhia mais endividada do mundo adia um comunicado aos acionistas sobre um escândalo de corrupção, uma oscilação nos mercados pode ser esperado. É o que afirma a NYT em matéria do último final de semana. Ao comentar a nova fase da operação Lava Jato que atingiu a Petrobras.
De acordo com o jornal americano, a crise que envolveu a Petrobras deve levar a uma fuga massiva de capital no mercado de capital brasileiro e da America latina. Além de destacar a forte queda das ações, o jornal ressalta que a presidente Dilma Rousseff que estava à frente do Conselho de Administração da companhia, antes de ser presidente da estatal no ano de 2010, não é a única a saber dos problemas crescentes da empresa. O mercado financeiro brasileiro como um todo poderia sofrer também, e não só pela perda de confiança causada pelas ações da Polícia Federal.
De acordo com a matéria, a recente tendência dos grandes fundos de investimentos, como a Pinco, Black Rock , Fidelity e Oppenheimer de substituírem os bancos no financiamentos de empresas e países, o que tornou as grandes companhias, ainda mais vulneráveis ao humor do investidores externos.
Isso se reflete no caso da Petrobrás, com US$ 51 bilhões de sua enorme dívida subsidiada por fundos de investimentos. Segundo, “O temor é que o pânico de vendas do papéis em uma companhia possa se espalhar rapidamente, já que esses países e essas empresas são tão dependentes do capital privado estrangeiro, levando a um contágio de investimentos mais alto”.