MACAU RN-Além de ocupar o Turismo, Henrique pode compor comando político do Planalto
Agora, finalmente, livre das investigações da Lava Jato, o ex-deputado Henrique Eduardo Alves se sente à vontade para retomar a rotina política.
A citação no petrolão era uma espada de Dâmocles sobre a cabeça do parlamentar potiguar.
A eventual presença na lista de Janot, agora de conhecimento público, tirou de Henrique a oportunidade de compor o primeiro escalão do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT).
O ex-deputado era cotado para a Previdência, aceitava ir para Cidades, mas estava louco para assumir o Ministério da Integração Nacional, com suas verbas e grandes obras.
Restou-lhe, possivelmente, o Ministério do Turismo, hoje ocupado por Vinicius Lage, ligado ao presidente do Senado, Renan Calheiros, este sim, na lista de Janot.
O bem informado Ilimar Franco, de O Globo, escreve neste sábado (7) que Henrique era tratado ontem como ministro por dirigentes do PT e do PMDB.
“A expectativa é que ele seja anunciado como novo titular do Turismo”, disse o jornalista.
A melhor parte para Henrique vem a seguir:
“Petistas defendiam sua presença no comando político do governo por sua ligação com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e os demais deputados”, escreveu o repórter do jornal carioca.
A maré de azar de Henrique – derrota na eleição para o governo, fora de mandato público pela primeira vez, sem lugar no governo federal, processo no STJ e a possibilidade de ser denunciado no petrolão – ficou para trás.
Com a real chance de voltar ao palco político de Brasília, com direito a assento privilegiado na Esplanada dos Ministérios e talvez no Planalto, Henrique volta a fazer o que gosta e o que sempre fez: POLÍTICA.
O trabalho de oposição ao governador Robinson Faria (PSD), responsável por sua derrota na última eleição, está em curso, e começa agora para valer.
Henrique foi citado no petrolão por ter se encontrado com Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras e delator do esquema de corrupção, em três ocasiões – duas na Petrobras.
O então parlamentar do Rio Grande do Norte estava acompanhado de outro Paulo Roberto, o dono da empresa PRS, Paulo Roberto Santos, que tinha interesse em firmar negócios com a estatal do petróleo. A parceria não se confirmou, conforme o pedido de arquivamento.
Rodrigo Janot, procurador-geral da República, considerou que Henrique Alves “estava no exercício das suas funções políticas”, não havendo “sustentação mínima” para pedir uma apuração aprofundada.
Estava selado o “nada consta” em favor de Henrique Eduardo Alves.
Ouça o podcast:
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