Lancha em que mãe e filho morreram continua encalhada no litoral de SP
27/05/2014 07h30 – Atualizado em 27/05/2014 11h25
Lancha em que mãe e filho morreram continua encalhada no litoral de SP
Mais de 3 semanas após acidente, embarcação permanece presa na praia.
Veículo está ficando danificado por conta da ação constante das ondas.
Uma lancha que virou na Prainha Branca, no limite das cidades de Guarujá e Bertioga, no litoral de São Paulo, e resultou na morte de uma mulher e seu filho de 3 anos continua encalhada no local, 25 dias após o acidente.
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A internauta Daniella Matias Leite contou que o veículo permanece no local e oferece riscos à população. “Segundo os moradores, a lancha continua abandonada, e a maré está subindo e quebrando a embarcação, causando sério risco de acidente aos banhistas e moradores”, afirmou.
O G1 entrou em contato com a Prefeitura de Guarujá, mas, até a publicação desta reportagem, não recebeu um posicionamento oficial.
(Foto: Reprodução/TV Tribuna )
Vídeo
Um vídeo feito por um morador da Prainha Branca registrou os momentos logo após a lancha ter sido virada por uma forte onda, no dia 2 de maio. Mais de 20 pessoas amarraram uma corda na embarcação e a retiraram do mar sem saber que os corpos de Rita Samaria Vieira, de 36 anos, e de seu filho, João Pedro Vicente, estavam na lancha. Após verificar os corpos, os banhistas se desesperaram e chamaram os bombeiros, que tentaram reanimar as vítimas e as encaminharam ao hospital por meio de um helicóptero, mas mãe e filho acabaram morrendo.
O velório e o enterro de Rita e João aconteceu no dia 3 de maio. Durante o velório, a mãe de Rita, Nair Hurbelina Galhardo Vieira, estava bastante abalada. “Ela tinha medo de água, e um dia antes não quis entrar na lancha. Mas, para perder o medo, no dia seguinte foi a primeira a entrar e ficou no canto onde a lancha virou”, disse.
Lotação
O condutor da lancha “Frango” admitiu que a embarcação estava superlotada no momento do acidente. O advogado João Bosco Correia de Lima, de 47 anos, prestou depoimento logo depois do incidente na delegacia de Guarujá.
O advogado, que mora em Suzano e passava o feriado na Baixada Santista, afirmou em depoimento que a lancha navegava com oito tripulantes e, segundo o documento da embarcação, só poderia haver sete. Ele afirmou também que todos os tripulantes estavam com coletes salva-vidas, inclusive as duas vítimas.
A informação de Bosco confronta a versão da Capitania dos Portos e dos populares que estavam na praia no local do acidente. Segundo eles, haviam nove pessoas na embarcação na hora do acidente.
De acordo com o Boletim de Ocorrência, Bosco não havia ingerido bebido alcoólica e será indiciado por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.
Em nota, a Capitania dos Portos do Estado de São Paulo disse que instaurará um Inquérito sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN), com prazo de conclusão de até 90 dias. O inquérito apurará as causas determinantes do acidente, bem como possíveis responsáveis.
O caso
De acordo com informações do Salvamento Aquático, o acidente aconteceu por volta das 11h. A lancha particular estava a 100 metros da areia na Prainha Branca, quando uma onda forte virou a embarcação. Algumas pessoas que estavam na areia viram o acidente e prestaram socorro às vítimas. Logo em seguida, os bombeiros chegaram para atender os outros passageiros.
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