A Justiça Federal do Paraná aceitou, nesta sexta-feira (25), a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e outras nove pessoas, incluindo o doleiro Alberto Yousseff. Agora, no total, são 18 réus. No despacho do juiz Sergio Fernando Moro os crimes apontados são prática de lavagem de dinheiro, crime de pertinência a grupo criminoso organizado.
A operação Lava Jato foi deflagrada pela Polícia Federal (PF) em março no Paraná, São Paulo, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Mato Grosso. O grupo envolvido teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões.
Alberto Youssef está preso desde o dia 17 de março e é investigado por ser um dos cabeças do esquema.
Paulo Roberto Costa também está preso. A primeira denúncia apresentada contra ele pelo MPF foi por tentativa de atrapalhar as investigações sobre o caso. Quando foi preso, os policiais o flagraram tentando destruir material que pode ser usado como prova contra ele. Costa é investigado por favorecer uma empresa de fachada de propriedade do doleiro em um contrato com a estatal.
Segundo o despacho desta sexta-feira, houve “desvios de numerário público ocorridos na construção da Refinaria Abreu e Lima, no município de Ipojuca, estado de Pernambuco, o que teria ocorrido através do pagamento de contratos superfaturados a empresas que prestaram serviços direta ou indiretamente à Petróleo Brasileiro S/A – Petrobras, isso no período de 2009 a 2014. A obra, orçada inicialmente em 2,5 bilhões de reais, teria alcançado atualemnte o valor global superior a 20 bilhões de reais. O acusado Paulo Roberto Costa, como Diretor de Abastecimento da Petrobras, durante 2004 a 2012 e como conselheiro de administração da refinaria desde 2008, era responsável pelos projetos técnicos para construção de refinarias da estatal e pela fiscalização da execução dos aspectos técnicos do projeto”.