Juiz será voluntário da Copa em Natal: “Quis fazer parte disso”
Juiz será voluntário da Copa em
Natal: “Quis fazer parte disso”
Apaixonado por futebol, juiz potiguar da Vara Cível de Currais Novos encontra forma de participar do Mundial: “Não consegui entrar como jogador, vou como voluntário”.
O juiz da Vara Cível da Comarca de Currais Novos, Marcus Vinícius Pereira Júnior, vai trocar a rotina de sentenças e a tradicional vestimenta formal da profissão pelo uniforme de voluntário da Fifa. Ele vai atuar nos jogos da Copa do Mundo em Natal e será responsável por cerca de 60 jovens e crianças que entrarão em campo com os jogadores e carregarão as bandeiras nas quatro partidas realizadas na Arena das Dunas. Fanático pelo Alecrim, o magistrado, que já foi jogador profissional de futsal, viu no programa de voluntariado a chance de participar da organização do Mundial, ao lado de outros 907 voluntários que trabalharão na capital potiguar.
É, sem dúvidas, um perfil bastante diferente entre a maioria dos voluntários, formada por estudantes, universitários e aposentados.
– Decidi me inscrever no voluntariado porque era uma forma de participar da Copa do Mundo com um olhar diferenciado, de maneira mais próxima do evento. Nós sabemos da crítica que há em cima do programa de voluntariado. Mas, independentemente do que significa a Copa ideologicamente, eu quis fazer parte disso – explicou o juiz.
Marcus Vinícius, de 32 anos, estará de folga do judiciário nas datas de jogos em Natal. Ele trabalhará apenas na véspera e no dia da partida. No restante dos dias, Marcus cumpre seu expediente normalmente. O juiz costuma atuar no Juizado do Torcedor em confrontos na Arena das Dunas, como na final do Campeonato Potiguar, e conta que chegou a ser convidado pelo Tribunal de Justiça para exercer esse papel na Copa do Mundo, mas que negou por já estar comprometido com o programa de voluntários.
– Como não consegui entrar como jogador, vou como voluntário. Está sendo interessante porque vou trabalhar com crianças na Copa. Meu foco, meu objetivo, é participar da organização do evento em si, mas, se for possível assistir aos jogos, será ótimo – confessou.
Apesar de ter seguido a carreira jurídica, Marcus sempre teve relação com esportes. Ele foi jogador profissional de futsal até 2006 e hoje participa das Olimpíadas Nacionais da Magistratura nas provas de atletismo. Torcedor do Alecrim, o juiz e o filho Joaquim, de apenas dois anos, entraram em campo junto com o elenco alviverde no jogo inaugural da Arena das Dunas, contra o ABC.
Questionado se tinha planos de fazer alguma loucura e mostrar para o mundo a camisa do time potiguar nas partidas do Mundial, ele diz que não, mas admite que seria interessante.
– A princípio não tenho planos não. Mas agora você acaba de me dar uma boa ideia – disse Marcus, sem apresentar detalhes do que pretende fazer.
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