Em entrevista coletiva remota na manhã desta sexta-feira, o delegado Agostinho Cascardo – chefe da Delegacia de Investigação e Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal no Rio Grande do Norte, deu detalhes sobre os crimes ambientais que motivaram a Operação Siroco, deflagrada em Natal e Fortaleza.
A operação visa apurar usurpação de minério, lavagem de dinheiro e crimes ambientais.
As investigações apuram a extração ilegal de minério para ser utilizado na construção de parques eólicos no interior do RN.
A extração irregular da matéria-prima é crime previsto por lei.
Policiais federais cumpriram, simultaneamente, 3 mandados judiciais de busca e apreensão, expedidos pela 15ª Vara Federal do Rio Grande do Norte, nas sedes das 3 empresas investigadas em Natal e Fortaleza.
Na capital cearense a operação foi denominada Anemoi, e foi deflagrada pela Superintendência da PF no CE, que investiga fatos similares praticados pelos mesmos suspeitos naquele estado.
Segundo Cascardo, as empresas de grande porte utilizavam modernas técnicas, inclusive de imagens de satélite da NASA, para explorar minérios indevidamente em 13 áreas não autorizadas, no período de 2012 a 2016.
As diligências da Polícia Federal que contaram com uso de drones confirmaram o que já havia sido levantado por meio de sensoriamento remoto e modelagem espacial e foi constatada
A área de solo degradado analisada nesta operação chega a 800.000 m2, o que equivale a cerca de 100 campos de futebol.
Há suspeita de emissão de notas fiscais falsas para dissimular a origem criminosa da matéria-prima extraída, o que conota a lavagem de dinheiro.