A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,47% em junho, após subir 0,58% em maio. O resultado, divulgado ontem (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções, que esperavam inflação entre 0,15% e 0,53%, com mediana de 0,41%. Com o resultado anunciado, o IPCA-15 acumula taxas de 3,99% no ano e de 6,41% em 12 meses, até junho.
No segundo trimestre do ano, o IPCA-15 apresentou alta acumulada de 1,84%, acima do resultado registrado no mesmo trimestre de 2013, quando ficou em 1,36%. O IPCA-15 de junho, de 0,47%, também foi maior que o de junho de 2013, quando a taxa foi de 0,38%. Como resultado, a taxa de inflação acumulada em 12 meses acelerou de 6,31% em maio para 6,41% em junho, aproximando-se do teto da meta estipulado pelo governo, de 6,5%.
O grupo Alimentação e Bebidas registrou forte desaceleração, de 0,88% em maio para 0,21% em junho, dentro do IPCA-15. Ao lado do grupo Habitação, os alimentos foram os maiores responsáveis pela redução na taxa neste mês.
Em junho, vários alimentos ficaram mais baratos, como batata inglesa (-16,35%), farinha de mandioca (-11,67%), cenoura (-5,05%), hortaliças (-4,69%), frutas (-3,44%) e feijão carioca (-3,37%). Como resultado, a alimentação consumida em domicílio teve deflação de 0,23% em junho. O resultado do grupo Alimentação e Bebidas só não foi menor porque a alimentação fora de casa registrou aumento de 1,06% em junho.
Habitação
A variação do grupo Habitação diminuiu de 1,19% para 0,29%, puxada pelo desconto na taxa de água e esgoto na região metropolitana de São Paulo, onde a tarifa apresentou queda de 18,36%, como reflexo do Programa de Incentivo à Redução de Consumo de Água, que bonifica com redução de 30% as contas de água e esgoto de usuários que reduzirem em 20% o consumo mensal. Com o resultado de São Paulo, a taxa de água e esgoto nacional ficou 4,02% mais barata em junho.
Ainda no grupo Habitação, reduziram o ritmo de alta itens como mão-de-obra para pequenos reparos (de 0,66% em maio para 0,34% em junho) e energia elétrica (de 3,76% para 1,32%).