De acordo com a Polícia, a vítima, que ainda não foi identificada, teria sido apedrejada por um homem, com quem tinha saído na noite anterior. Os moradores das Rua Willis Saraiva disseram ter visto a vítima despida, sentada no chão, pedindo água. Os populares foram até ela tentar ajudar e acionaram o Serviço de atendimento Móvel de Urgência (Samu). “Não sei quem foi o primeiro que chegou, mas uma pessoa foi chamando outra. Perguntamos várias vezes o nome dela, mas só dizia ‘água’. Ela também não soube dizer quem tinha feito aquilo com ela”, disse a moradora Fátima Freitas. Roupas A testemunha contou também que, para proteger a vítima, os moradores levaram algumas roupas e vestiram a mulher. “Foi um ato de humanidade. A situação já era tão ruim, que não podíamos deixá-la nua, desprotegida daquele jeito”, disse Fátima. Conforme informações do cabo Emanoel, da patrulha RD-1070, do Ronda do Quarteirão, as viaturas começaram a fazer buscas a procura de suspeitos e de pistas que levassem a identificação da mulher, logo após sua morte. “Quando chegamos aqui, já estava morta. Aguardamos o Samu apenas para constatar o óbito. Temos um informe que a vítima seria moradora do bairro Sítio São João”, disse. Uma equipe da Perícia Forense do Ceará (Pefoce) esteve no local do crime e encontrou as peças de roupa, que seriam, supostamente, da vítima. O perito Antoniel Oliveira, disse que a mulher foi, provavelmente, estuprada pelo homem que a matou. “É preciso que exames complementares sejam feitos na sede da Pefoce para que o estupro seja confirmado, mas existem indícios que sugerem isto. O que pudemos colher no local demonstra que ela foi agredida dentro do matagal, no terreno baldio, e fugiu em direção a essa área que é habitada, para buscar socorro”, declarou Oliveira. As pedras, que teriam sido usadas como arma, foram encontradas e recolhidas pelo perito. “As pedras, uma pesando cerca de três quilos e outra pesando cerca de 400 gramas, são compatíveis com as três lesões profundas que estão na cabeça dela e causaram sua morte”, revelou Antoniel Oliveira. Uma equipe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), comandada pela delegada Cláudia Guia, também esteve no terreno baldio fazendo levantamentos preliminares. Outros casos No começo da manhã de ontem, Aílza Marques de Melo foi baleada dentro de casa enquanto brincava com duas crianças, de aproximadamente quatro anos. O crime aconteceu no Lagamar. O principal suspeito é o ex-companheiro da mulher, que seria um ex-presidiário. Populares informaram que o homem chegou ao local em uma moto e, através da grade do portão da residência, fez vários disparos. Segundo o perito Antoniel, a mulher ainda chegou a ser levada ao Instituto Doutor José Frota (IJF) mas já chegou morta na unidade hospitalar. Por volta das 11 horas, outra mulher foi encontrada morta com quatro golpes de facão golpes pelo corpo, no Distrito de Primavera, em Caucaia, município da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). O cadáver foi descoberto por agricultores que faziam uma colheita de palhas de carnaúba. O corpo estava despido, o que levanta a hipótese de que a vítima teria sido violentada sexualmente. Segundo o perito Antoniel, as roupas íntimas foram encontradas a dez metros de onde o corpo foi achado. Em Santana do Cariri, mais um corpo do sexo feminino foi encontrado despido e com indícios de violência sexual. A vítima foi identificada como Maria Betânia Félix, 31. O cadáver foi localizado em uma estrada carroçável na Zona Rural do município. Peritos confirmaram uma perfuração a bala na cabeça da mulher. Márcia Feitosa Repórter/DN
Guamaré RN; VIOLÊNCIA Quatro mulheres são mortas no Ceará em cinco horas
Quatro mulheres foram mortas no Ceará no período de cinco horas durante o dia de ontem. As vítimas foram assassinadas em Fortaleza, Caucaia, na Região Metropolitana e em Santana do Cariri (a 556 Km de Fortaleza). Na Grande Messejana, uma mulher que havia sido violentada durante a madrugada, morreu por volta das sete horas de ontem, a espera de uma ambulância, na Rua Willis Saraiva, no bairro Parque Santa Maria.