GUAMARÉ RN-Tite elogia Timão contra o Danubio: “Matou no peito uma série de coisas”
O técnico Tite não é de se empolgar tanto – ele prefere manter os pés no chão, a intensidade, a concentração. Mesmo assim, ele teve seus 15 minutos de tranquilidade durante a vitória do Corinthians por 4 a 0 sobre o Danubio, nesta quarta-feira, pela Taça Libertadores. Mais do que o bom futebol exibido na arena, o comandante elogiou a postura de seus jogadores diante das pancadas do rival e de uma acusação de injúria racial.
Sem citar especificamente o xingamento de Cristian González, que teria chamado o volante Elias de “macaco”, Tite fez muitos elogios à parte psicológica do time.
– Tenho de enaltecer uma atuação muito boa para mais, para lá de muito boa. Fiquei orgulhoso de uma coisa: a equipe de trabalho cresceu muito comigo no conceito, pela dignidade, pela conduta, pelo caráter, por matar no peito uma série de coisas que sabemos que aconteceram dentro de campo. Fez um baita de um jogo, teve um baita de um resultado, e se não fosse o goleiro seria um baita maior ainda – disse o técnico.
Acostumado a ficar pilhado durante as partidas, Tite admitiu que se desligou um pouco e resolveu curtir a partida nos minutos finais, com placar definido, sobre um adversário que abusou das provocações.
– Não sei quem foi um técnico que ficou na beira do campo num determinado jogo, acho que foi o Jurgen Klopp, do Borussia Dortmund… Em algum momento ele ficou curtindo. Eu nunca consegui curtir. Nos últimos 15 minutos eu curti. Fiquei assistindo, fiquei deliciando a qualidade do grupo – admitiu Tite.
Com 12 pontos, o Corinthians manteve os 100% de aproveitamento no Grupo 2 da Taça Libertadores e está praticamente classificado às oitavas de final. O Timão volta a campo no domingo, novamente na arena, contra o Santos, pelo Campeonato Paulista.
Confira a entrevista coletiva de Tite:
Atuação de Emerson
– Sem guardar a qualidade, mas olha o Robben. O que faz um, dá para o outro fazer. O 4-1-4-1 dá essa possibilidade. Do outro lado, Jadson é a mesma coisa. Mais do que isso, não é só saber, é fazer. Ir para dentro do campo e se comprometer com a função que tem de exercer.
Postura do Danubio
– O Fornaroli número 7, não falo com ele. E nem ele vai se dirigir a mim no final do jogo. Não vai ter não. Não teve. Eu sei o que os atletas passaram dentro do campo. Esse é um fato à parte. Por isso digo que os atletas todos merecem reconhecimento maior. Transformaram isso em futebol. Não triangulava para tirar onda, tirar sarro, mas sim para infiltrar, buscar. Por isso eles têm esse conceito comigo.
Renovações de Guerrero e Sheik
– Fala do jogo, pô! Como vou falar de coisas da direção? São dois jogadores integrados e identificados. A coisa vai seguir no caminho do bom senso.
Possível expulsão de Sheik
– Eles estavam provocando e simulando faltas desde o início do jogo… Foi um show de coisas extra futebol. Simulação… Tudo o que vocês quiserem. Mas jogou muito, jogou muita bola. Infiltrou, finalizou, nível altíssimo de precisão, de mais de 20 finalizações, 14 foram no gol. Isso é o mais importante.
Reunião pós-jogo
– Todos os atletas se manifestaram, no final coloquei que eles cresceram muito no meu conceito. Vamos convivendo, vendo as reações, e eles se voltaram exclusivamente para jogar futebol. Senti muito orgulho. Alegria para jogar, fazer, triangular. É um time alegre para jogar bola.
Algo ainda te surpreende no Corinthians?
– Ainda é uma equipe em formação, que vai crescendo e se consolidando. Crescendo em bolas paradas, em saída de bola… O time ficou mais forte nas bolas paradas, teve um nível de concentração mais alto. Ontem eles estavam se cobrando dos gols que nós tomamos. Eu usei uma frase do Tostão, numa crônica dele: “O erro humaniza”. Digo a eles que errar é humano, mas que vamos trabalhar para melhorar.
Arbitragem
– Os últimos 15 minutos foram absurdos. Dois lances de carrinho que poderiam quebrar tornozelos. Estavam de sacanagem (os árbitros e assistentes).
Situação do grupo na Libertadores
– O grupo está aberto, todos podem chegar a 12 pontos. Nós não estamos classificados.
Time a ser batido?
– Todos que jogam contra todos vão querer ganhar. Pela campanha que está fazendo, pelo desempenho, por jogar bem… Chama atenção o número de gols que faz. Cria muito volume. É isso.
Futebol de campeão da Libertadores?
– Time campeão se forma durante a competição e passando por adversidades. Tem um percurso muito grande no ano. Vamos pegar a média. O time se forma durante a competição.
*Colaborou sob a supervisão de Leandro Canônico
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