A sombra da INGRATIDÃO caminha lado a lado do presidente da câmara Emilson de Borba “Lula”.

A sombra da INGRATIDÃO caminha lado a lado do presidente da câmara Emilson de Borba “Lula”.

15 de janeiro de 2017   Deixe seu Comentário

Certa vez li um livro do Plutarco. Confesso que tremi diante da ideia de enfrentar, na inexpugnável solidão da leitura, as páginas com certeza brilhantes, mas inevitavelmente árduas do grego. Mesmo com minhas limitações, verifiquei que ali se contava a história de um soldado que salvara a vida de um rei numa batalha.

No livro, um sábio imediatamente aconselhou o soldado a fugir. O soldado preferiu ficar, na esperança de ser recompensado pelo rei que salvara. Acabou morto. E logo. Quando terminei de ler essa história, imediatamente me lembrei de outro trecho de outro livro que li. Platão – é sempre bom viajar na sabedoria grega – contava que Sócrates disse mais ou menos o seguinte aos homens que o condenaram a tomar cicuta: que bem fiz eu a vocês para que me tratem assim.

As duas histórias tratam do mesmo tema: A INGRATIDÃO. E francamente: não sei por que iniciei este texto com a dupla história grega de ingratidão humana. Ou melhor. Sei sim. É que eu queria fazer uma conexão entre aqueles episódios e a vida Política, em especial, sobre o atual presidente da câmara de vereadores, Emilson de Borba, mas conhecido por Lula.

Pois bem…

O fato cruel e inescapável é o seguinte: A maioria dos políticos são ingratos. O político pode ter uma série de virtudes: Mas ele elimina, despreza, abandona seus amigos, aliados e eleitores sem o menor escrúpulo. Ele é ingrato como o rei que matou o soldado que o salvara e os atenienses que fizeram Sócrates beber cicuta.

O grande líder político Ulysses Guimarães, comentou certa vez que “o dia do benefício é a véspera da ingratidão”. E é que assim que a maioria dos políticos age. O filosofo Marco Túlio Cícero já dizia: “o homem ingrato não é digno de ser iluminado pelos raios solares”.

“Na verdade, não há nada mais feio do que a ingratidão. Nada mais doloroso que a ingratidão. Toda a pobreza, miséria e discórdia são decorrências imediatas do egoísmo e da ingratidão”.

Ao assumir a presidente da câmara, o primeiro a ser exonerado pelo o presidente eleito, Emilson de Borba, foi o Procurador Geral da Câmara, o advogado Mauro Gusmão Rebouças, o que era considerado como seu melhor amigo. Mauro esteve ao lado de Lula quando todos os abandonaram, esteve sim, nos momentos mais difíceis, como amigo, e como advogado, mas o poder falou mais alto, e quem era para continuar de seu lado, foi excluído numa só canetada fria e insensível, carregada de tinta da ingratidão.

O advogado Mauro Gusmão é essencialmente um ingênuo na política e na arte de advogar, mas um otimista em relação às mudanças! Durante esses longos anos no município de Guamaré, sempre servindo e ajudando a comunidade como Procurador da Câmara, Mauro sempre pregou que o dialogo sempre foi e será o melhor caminho para qualquer entendimento… Lula excluiu quem um dia lhe ajudou a lhe dá vida sem cobrar um centavo em troca.

Sou testemunha viva que o advogado Mauro Gusmão, sempre foi solidário não somente ao atual presidente da câmara, Lula, mas a muitos políticos no município, seja do lado da oposição ou situação, além do povo que muito precisou de seus serviços de advogado. Um tipo de jurista que nunca passou a vida atrás de uma ilusão, de uma fantasia tão irreal quanto à espada de Artur.

“Na verdade, não há nada mais feio do que a ingratidão. Nada mais doloroso que a ingratidão. Toda a pobreza, miséria e discórdia são decorrências imediatas do egoísmo e da ingratidão, escreveu um leitor do Jornal O Globo, no espaço para opinião”.

O meu ponto é o seguinte…

Faça sempre tudo que puder por sua comunidade, pelo povo, pela sua cidade, tudo pelo povo. Mas jamais cometa o erro fatal do soldado. Não faça nada esperando gratidão. A política é ingrata como o rei que matou o homem que o salvara da morte. Uso como empréstimo as palavras de Alexandre Dumas “Há favores tão grandes que só podem ser pagos com a ingratidão”.