Em um discurso de 55 minutos Robinson Faria defendeu o desenvolvimento do Rio Grande do Norte com ações focadas na justiça social e propôs um pacto para acabar com a “letargia” do Rio Grande do Norte, como definiu. No primeiro pronunciamento após empossado, o chefe do Executivo potiguar disse que governará na legalidade, mas não com a burocracia. Ao empresariado prometeu segurança jurídica para os investimentos. Na saúde, disse que irá reequipar os hospitais regionais e na segurança voltou a enalte o programa Ronda do Quarteirão.
A solenidade de posse ocorreu no Centro de Convenções e começou às 18h. O primeiro ato foi o juramento do governador Robinson Faria e do vice-governador Fábio Dantas.
No discurso de 23 páginas, o governador começou falando sobre a campanha eleitoral e disse que nunca perdeu uma disputa. Ele lamentou o que chamou de “solidão” do período no qual foi desestimulado a desistir da intenção de concorrer ao governo. “Nunca houve na história política do Rio Grande do Norte um candidato a governador tão abastecido de solidão”, afirmou. E acrescentou: “Eu venho de oito embates eleitorais. Ainda não conheci, Graças a Deus, o amargor da derrota. Mesmo tendo sido preterido em várias tentativas de me expor à apreciação popular. Não posso considerar derrotas as decisões de cúpula que me excluíam da disputa”, destacou.
Ele disse que a chegada ao Governo sinaliza uma “nova era”. “Essa vitória foi a que me trouxe a beleza e a magia desse momento, ela não tem comparação, é ímpar em todos os ângulos, única, especialíssima, nas circunstâncias que formam os conflitos políticos a sinalizarem uma era nova”, afirmou.
Administração
Sobre a visão da administração, Robinson Faria usou uma metáfora com o atendimento médico e disse que terá uma “visão geral”. Para educação ele destacou a busca para implantação do plano nacional de educação. “Vamos convocar todas as universidades, públicas e privadas, mediante convênio para compor parceria permanente com a gestão estadual. Vamos elaborar um programa e erradicação definitiva do analfabetismo”, disse.
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O governador chamou atenção ainda que vai implantar o Estado “Brasil Profissionalizado”. “Vamos lançar e efetivar o Pronatec estadual. Vamos convocar pais e alunos para participarem das decisões escolares, vamos dignificar a atividade professoral, com salários dignos, respeito profissional e preparação acadêmica”, afirmou.
Na área da saúde, o governador Robinson Faria afirmou que irá recuperar os 25 hospitais regionais e redefinir os seus perfis. “Vamos criar os centros de diagnóstico, inicialmente em Natal e Mossoró. No Hospital Walfredo Gurgel ficarão apenas atendimentos de urgência cardiológico e neurológico. É urgente retirar os corredores os pacientes”, afirmou. O governador disse que vai “estimular e reforçar todas as campanhas preventivas de economia”. “Vamos dar exemplo para colher credibilidade. Vamos estabelecer metas que evitem as doenças antes da sua instalação”, comentou.
Já para segurança, Robinson Faria voltou a destacar a implantação da “Ronda Cidadã”. “Já está testada em vários lugares do mundo. Vamos humanizar o servidor da segurança, no caso dos militares e vamos corrigir o absurdo dos dez anos sem promoção. Vamos fazer a revisão do estatuto da Polícia Militar”, afirmou.
O governador convocou o empresariado para um pacto. “Precisamos fazer uma grande pactuação, uma grande corrente de fraternidade e vamos tirar o Rio Grande do Norte do estágio letárgico em que se encontra. Empresários terão o governador parceiro permanente de um Estado economicamente mais forte e socialmente mais justo”, ressaltou. Robinson Faria disse que o grande sonho é “fazer um governo humanitário, preocupado com os últimos”.
Durante a solenidade de posse, o governador Robinson Faria convocou as pessoas para cuidarem dos mais necessitados e prometeu instalar centros de recuperação de drogados no Estado. “Vamos cuidar dos mais necessitados. Cuidar daqueles que, por algum infortúnio, caíram nas drogas. Vamos buscar as parcerias necessárias para dotar estado de centro de recuperação de dependente químico e apoio as suas famílias. Vamos cuidar para as empresas participarem do processo de reinserção social”, comentou.
O governador encerrou o discurso se definindo como a pessoa que vai libertar o Rio Grande do Norte e logo em seguida fez o gesto das duas mãos abertas, lembrando a campanha eleitoral.