Jornal GGN – “Não sou proprietário de nenhum apartamento no Edifício Green Hill”, afirmou o advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Roberto Teixeira, que publicou nota de esclarecimento sobre as informações “inverídicas em circulação na imprensa” sobre a segunda cobertura utilizada por Lula no mesmo edifício em que vive, em São Bernardo do Campo.
Após o Estado de S. Paulo publicar que o imóvel pertence a um primo de José Carlos Bumlai, amigo de Lula e atualmente preso na Operação Lava Jato, a equipe comandada pelo juiz Sergio Moro começou a investigar se a cobertura é, de fato, de Glaucos da Costamarques, primo do empresário.
O segundo imóvel tornou-se alvo de busca e apreensão da 24a fase da Operação Lava Jato, na última sexta (04), somente após o síndico do prédio informar aos delegados da Polícia Federal que Lula também utilizava o apartamento. E os mesmos investigadores afirmaram ao jornal que “apreenderam nesse apartamento vários documentos que reforçam indícios de que o sítio em Atibaia pertence a Lula”. O jornal vai além: a cobertura de São Bernardo “é mobiliada como uma moradia, e não apenas utilizado para guardar pertences”.
A notícia enfatiza que o ex-presidente não havia sido questionado sobre essa segunda cobertura, na condução coercitiva da última sexta, porque os investigadores não tinham a informação sobre a existência do imóvel e que só souberam disso “por meio da reportagem”.
O advogado Roberto Teixeira esclareceu que o apartamento 121 do Edifício Green Hill já “era locado pela Presidência da República/Gabinete de Segurança Institucional (GSI) para servir de apoio ao ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva”. Com a morte do proprietário, em 2010, os herdeiros notificaram o gabinete, informando a intenção de venda e indicando o valor sugerido. Teixeira sugeriu a compra a Glaucos da Costamarques, que passou a alugar ao ex-presidente Lula.
A nota de esclarecimento lembra que os pagamentos feitos ao primo de Bumlai constam na Declaração de Imposto de Renda do ex-presidente. “Como visto, uma vez mais deturpam a realidade dos fatos, utilizando-se do vazamento de um documento dotado de sigilo legal, como é o caso da Declaração de Imposto de Renda, para atacar a minha atuação enquanto advogado”, afirmou.
Leia aqui a reportagem do Estadão e, a seguir, a nota do advogado:
Nota de esclarecimento
Diante de informações inverídicas em circulação na imprensa a respeito do apartamento 121 do Edifício Green Hill, em São Bernardo do Campo (SP), esclareço o que segue:
1 – Não sou proprietário de nenhum apartamento no Edifício Green Hill;
2 – O apartamento 121 do Edifício Green Hill era locado pela Presidência da República/Gabinete de Segurança Institucional (GSI) para servir de apoio ao ex- Presidente Luiz Inácio Lula da Silva;
3 – Em 08 de março de 2010, falecido o proprietário, os herdeiros do imóvel notificaram o GSI, com base no art. 27, da Lei de Locações, informando a sua intenção de venda, já indicando o valor sugerido;
4 – Como advogado especialista em Direito Imobiliário e conhecedor dessa intenção de venda, indiquei o referido imóvel ao Sr. Glaucos da Costamarques, que concretizou a compra mediante escritura de cessão de direitos hereditários. O processo judicial correspondente (inventário) ainda aguarda finalização;
5 – Em 31/01/2011, o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou a ser o locatário do imóvel, pagando aluguel ao novo proprietário ao valor de mercado;
6 – Esses fatos vieram a tona em virtude do reprovável vazamento da Declaração de Imposto de Renda do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, onde constam expressamente os pagamentos feitos ao Sr. Glaucos da Costamarques;
Como visto, uma vez mais deturpam a realidade dos fatos, utilizando-se do vazamento de um documento dotado de sigilo legal, como é o caso da Declaração de Imposto de Renda, para atacar a minha atuação enquanto advogado.
Roberto Teixeira
Relacionado
Descubra mais sobre Blog do Levany Júnior
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.
Comentários com Facebook