O gerente executivo de Responsabilidade Social Antônio Sérgio Oliveira foi demitido, nesta sexta-feira, junto com dois funcionários, por irregularidades que teriam sido cometidas na prestação de serviços por duas empresas terceirizadas e no benefício Farmácia dos empregados da estatal. Outros oito funcionários foram suspensos. Oliveira já ocupou a diretoria Corporativa e de Serviços da Petrobras.
Resultado da investigação de uma comissão interna da Petrobras, foi apurado o envolvimento de 26 pessoas. A demissão de Antônio Sérgio foi antecipada por Lauro Jardim em sua coluna nesta sexta. A Petrobras disse que não divulga os nomes dos funcionários envolvidos no caso. As investigações tiveram início com base em delações premiadas da Operação Lava-jato.
A Petrobras informou que concluiu nesta semana as investigações que estavam sendo feitas por uma comissão interna de apuração sobre irregularidades nos contratos de fornecimento de empregados terceirizados e prestação de serviços das empresas Hope e Personal e sobre o benefício Farmácia. A comissão interna apurou o envolvimento de 26 pessoas e recomendo sanções a 20 delas, “inclusive empregados com níveis gerenciais”.
Segundo a Petrobras, foram identificados desvios de conduta e de procedimentos que resultaram na demissão de três empregados, suspensão de outros oito, além de retenções e cancelamentos de inscrições no programa de demissão voluntária de mais nove. De acordo com a estatal, quatro dos investigados não sofrerão qualquer punição por não terem sido considerados responsáveis pelas irregularidades, um terá o PIDV liberado e, no caso de uma pessoa que não é mais empregada da empresa, o Comitê de Correição entendeu não haver medidas cabíveis no âmbito da companhia. Segundo fontes próximas, na quinta-feira, Antônio Sérgio comemorou com alguns colegas de trabalho a sua aposentadoria, e, nesta sexta, seguranças o teriam acompanhado até a Polícia Federal.
A Petrobras explicou que o cancelamento do PIDV dos envolvidos “levará, em muitos casos, a processos de cobrança de ressarcimento pela Petrobras no âmbito judicial, assim como o encaminhamento das investigações para o Ministério Público Federal. A companhia explicou que a investigação dos contratos teve início a partir de citação em delação premiada na Operação Lava-Jato e denúncias recebidas através de canais internos da companhia: “Foram verificados desvios de normas e procedimentos internos da empresa que constituem violações passíveis de punições.”
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