The best! Você gosta do que é bom, certo? Eu gosto do que é bom. As mais de 6 bilhões de pessoas do mundo todo gostam do que é bom. E isto não é “culpa nossa”. Lembre-se de que fomos criados para viver no paraíso, onde só tinha do bom e do melhor. Portanto, está no DNA de todo homem ou mulher gostar do que é bom. Isso, desde que somos bem pequeninos, hein! Mamadeira fria? Nenê faz beicinho!
Disparate. Na busca pelo melhor, há um “empecilho”: normalmente, o que é bom custa mais. Vá lá, é justo pagar um pouco mais caro pela coisa (ou experiência) de melhor qualidade. O problema é que, aqui no Brasil, o que é um pouco melhor costuma custar muito mais caro! Se você vai a um restaurante honesto, paga R$ X. Se quiser um restaurante bom de verdade, pagará pelo menos 3 X R$ X. O carro zero popular completinho custa R$ 30 mil. A SUV completona? Pois é… 4 X R$ 30 mil = R$ 120 mil. Em nenhuma outra grande economia do globo o adicional pedido no item diferenciado é tão elevado.
Tudo ilusão! Daí você vai à loja de eletroeletrônicos e vê um smartphone top de linha. É uma tentação viver antenado e levar para casa simplesmente o que há de mais evoluído. Acontece que, mesmo que você esteja disposto a pagar o gordo valor pedido, estará comprando um produto ultrapassado. Quando um item de tecnologia é lançado no mercado, seu sucessor já foi concebido, e até sua campanha de lançamento talvez já esteja pronta, aguardando ser detonada. A esta altura do campeonato, até mesmo o sucessor do sucessor já foi inventado, já é um produto maduro, só falta pôr em linha de produção.
Mais é menos… Há também um problema com os tops de linha: eles são “completos demais”. Os bens de consumo top costumam ter mil-e-quinhentas funções, dispositivos, botões… Lindo para contar vantagem aos amigos, mas… sendo complicados ou simplesmente inúteis, os trocentos recursos acabam em desuso. E esta não é a pior parte: os tops tem mais coisas para quebrar. A assistência técnica será acionada com mais frequência, as peças de reposição (e a mão de obra!) serão mais caras, e talvez você tenha de esperar um tanto pelo conserto, afinal “este aqui é sofisticado, meu senhor, não temos no estoque”.
Olha a pegadinha! Atenção dobrada para tudo que é anunciado como “top de linha, último lançamento, premium, de luxo, exclusivo, sofisticado.” Priorize o simples: muitas vezes, menos é mais!
Marcos Silvestre – Fonte: Jornal Metro – Economista com MBA em Finanças (USP), orientador de famílias e educador em empresas, é colunista da BANDNEWS FM e fundador da SOBREDinheiro. Diretor do site www.oplanodavirada.com.br, da EKNOWMIX Consultores Integrados e da TECHIS SA.
Oi Rita, tudo bem? Eu estava lendo o texto de hoje e lembrei de uma entrevista que dei em 2013 sobre o ensino da escola em que era a coordenadora pedagógica, para um canal de TV. Falei na época que o nosso método era top de linha . E é isso mesmo o que penso. Top de linha tem que ser o ensino nas escolas, principalmente nas públicas, com professores bem preparados, com salários decentes; top de linha tem que ser o atendimento médico; top de linha tem que ser o sistema de condução para o trabalhador, top de linha tem que ser a alimentação. E isto, não é pensar pobre. É ter qualidade!