Com famílias cada vez mais diversas, os números de uniões civis aumentando e os de casamento caindo, os líderes religiosos debatem temas como de que maneira a Igreja pode receber gays, divorciados e pessoas que se casaram novamente no civil. Francisco disse que o sínodo é um lugar sagrado onde Deus aponta o caminho para o bem da Igreja, e não um parlamento onde compromissos ou negociações acontecem.
Enquanto conservadores insistem em reafirmar a doutrina da igreja sobre a insolubilidade do casamento e a impossibilidade de divorciados receberem a comunhão sem que a união religiosa tenha sido anulada, progressistas procuram uma abordagem mais piedosa sobre problemas da família, incluindo a discussão sobre se aqueles que se casaram novamente no civil podem receber os sacramentos.
O papa afirmou que os bispos precisarão de coragem, humildade e orações durante as próximas três semanas de sínodo. Segundo ele, a coragem é necessária uma vez que as atitudes da Igreja “apesar de bem-intencionadas, podem distanciar as pessoas de Deus”. Ainda segundo ele, é preciso humildade para estender a mão para ajudar e sem se sentir superior. Apesar do pedido de Francisco por um debate livre e aberto, o cardeal húngaro Peter Erdo, um dos organizadores do sínodo, deixou claro que não há muito o que discutir sobre o tema dos divorciados, já que os ensinamentos da Igreja são claros quanto à proibição dos sacramentos.