GUAMARÉ RN -Observatório: Destino de Henrique está amarrado ao de Wilma até o fim da eleição
A eleição estadual em curso neste domingo (5) é a prova de fogo para dois políticos que já se enfrentaram nas urnas.
Henrique Eduardo Alves já foi derrotado por Wilma de Faria na sua primeira tentativa de chegar a um cargo majoritário. Corria o ano de 1988, e Henrique e Wilma disputavam a Prefeitura de Natal.
Wilma tinha concorrido e perdido o cargo para Garibaldi Alves Filho, em 1985, na retomada das eleições para prefeito das capitais.
Wilma venceu Henrique em 1988, e impingiu-lhe nova derrota em 1992, quando Natal elegeu o “poste” Aldo Tinôco Filho.
Henrique ficou marcado por essas duas derrotas à Prefeitura de Natal. Wilma consolidou sua liderança e transformou-se no principal calo do peemedebista.
Em 2002, Wilma voltou a atrapalhar a vida de Henrique, que mirava o governo estadual após a era Garibaldi.
Havia a promessa de apoio da então prefeita de Natal a Henrique, mas Wilma jogava para ser ela mesma a candidata.
Henrique teve de recuar, lançou-se candidato a vice de José Serra (PSDB) à Presidência da República, e enredou-se numa trama política que apontou uma fortuna pessoal dele no exterior – os tais US$ 15 milhões noticiados à época pela revista Istoé.
Os insucessos no campo majoritário levaram Henrique a focar no legislativo. De presidente da Comissão de Justiça da Câmara, ele passou pela liderança do PMDB à Presidência da Câmara dos Deputados.
Do alto da cadeira de presidente da Câmara, ele vislumbrou novamente a única chance de chegar ao governo.
Para não correr riscos, Henrique teve de esquecer o passado, e neutralizar o poder eleitoral de Dona Wilma, sua algoz em tantas eleições.
Wilma caiu na conversa de Henrique e topou ser candidata ao Senado, cargo que almeja desde que deixou o governo em 2010. Naquela eleição, ela perdeu para Garibaldi Filho e para José Agripino Maia.
Por ironia do destino, Garibaldi e Agripino foram forçados a pedir votos para ela dentro do grande acordo em torno da eleição de Henrique.
O amplo entendimento, que alguns chamam de “acordão”, tem servido a Henrique, mas, de acordo com as pesquisas de opinião, não favoreceu Wilma.
Henrique está no jogo para o governo, e Wilma deve perder a vaga para Fátima Bezerra (PT).
A prova de fogo de Henrique é vencer, de uma vez por todas, uma eleição majoritária. A de Wilma é conquistar a vaga do Senado, tão necessária para dar-lhe sossego depois de uma vida pública intensa em cargos do Executivo.
A sorte de Henrique nesta eleição ainda depende de Wilma num eventual segundo turno. O destino dele está amarrado ao de Wilma.
A provável derrota da Guerreira abre um leque de dúvidas e de possibilidades para o peemedebista. A conferir.
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