FOTOS IMAGENS; Nº de mortos no metrô de São Petersburgo vai a 14; Rússia identifica suspeito
A Rússia identificou nesta terça-feira (4) o autor do ataque suicida ao sistema de metrô de São Petersburgo, que deixou 14 mortos. Akbarzhon Jalilov, de 22 anos procedente do Quirguistão, também colocou uma segunda bomba, desativada a tempo, em outra estação.
Mais cedo, o serviço secreto do Quirguistão tinha informado que Jalilov nasceu no país mas era naturalizado russo- informação não confirmada pela Rússia, de acordo com a France Presse. Ele viria da região de Och, uma zona que forneceu um importante contingente de extremistas ao grupo Estado Islâmico (EI). O ataque em São Petersburgo não foi reivindicado.
Em um comunicado, o comitê russo afirmou que conseguiu identificá-lo após a análise de material genético encontrado na bolsa em que estavam os explosivos deixados em uma outra estação, segundo a Reuters. “A evidência genética e as câmeras de vigilância nos dão motivo para acreditar que a pessoa que está por trás do ato terrorista no vagão de trem foi a mesma que deixou uma mala com explosivos na estação Ploshchad Vosstaniya”, afirmou.
O ministério de Saúde da Rússia afirmou que 11 pessoas morreram no local do ataque e três morreram em decorrência dos ferimentos.
O ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, disse que seria “cínico e cruel” chamar uma explosão mortal em São Petersburgo de vingança pelas ações da Rússia na Síria, informou a agência de notícias russa RIA. O país, que é o principal aliado de Bashar al-Assad, é acusado de atacar também alvos dos opositores do regime.
Luto
As agências de notícias russas disseram que as estações de metrô de São Petersburgo chegaram a ser fechadas nesta terça depois de uma ameaça de bomba, de acordo com a Associated Press.
A cidade amanheceu de luto. As bandeiras tremulam a meio mastro na segunda maior cidade da Rússia, onde onde foi decretado três dias de luto, mas a normalidade voltou em parte ao reabrir nesta manhã as linhas do metrô, segundo informou em comunicado o escritório do governador.
O presidente russo, Vladimir Putin, que estava em São Petersburgo no momento da explosão, colocou uma coroa de flores no improvisado local de homenagens para vítimas. As autoridades anunciaram o reforço das medidas de segurança no metrô de Moscou e nos aeroportos.
O Comitê Nacional Antiterrorista (CNA) afirmou que 45 pessoas seguem hospitalizadas, sendo que 13 estão em estado grave. Um vídeo mostrou a confusão logo após a explosão.
O ataque
A explosão aconteceu por volta das 15h (no horário local, 9h no horário de Brasília) entre duas estações da linha azul, “Sennaya Ploschad” e “Tekhnologitchesky Institut”, mas o maquinista do trem atingido não parou no túnel e seguiu até a primeira estação, o que facilitou as tarefas de salvamento. Um vídeo mostrou a confusão logo após a explosão.
Mais tarde, outra bomba caseira foi desativada pelo esquadrão antibomba na estação de metrô “Ploschad Vosstania”, em frente à principal estação ferroviária da cidade (Moskovskiy).
Estado islâmico
A Rússia não havia sofrido um ataque de tal magnitude desde a explosão em outubro de 2015 de um avião que cobria um trajeto entre Egito e Rússia com 224 pessoas a bordo, um atentado reivindicado pelo Estado Islâmico.
Desde então, as instáveis repúblicas russas do Cáucaso foram palco de vários atentados e os serviços de segurança russos anunciaram em várias ocasiões o desmantelamento de células extremistas dispostas a fazer atentados em Moscou e São Petersburgo.
Os últimos atentados terroristas em solo russo foram cometidos pela guerrilha islâmica da Chechênia, república caucasiana russa cujo presidente, Ramzan Kadyrov, qualificou a explosão em São Petersburgo como “monstruosa”.
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