Apenas em setembro, o rendimento médio chegou a ter perda nominal de 0,3% frente a agosto, um sinal de que algumas categorias não estão conseguindo reajustes e as dispensas têm mirado em trabalhadores com remuneração mais elevada, apontou a pesquisadora.
Um dos efeitos dessa dinâmica negativa da renda é o próprio aumento da taxa de desemprego, que atingiu no mês passado o maior nível para um mês de setembro desde 2009. Desde o início do ano, há uma intensificação da procura por uma vaga, e o contingente de desocupados não para de crescer.
“Isso pode estar associado à redução na renda dos ocupados e ao fato de alguns setores estarem dispensando trabalhadores. Com isso, não necessariamente só aquele que perdeu o emprego está agora procurando trabalho. A perda de renda pelo domicílio faz com que até membros que antes não estavam tomando providências para conseguir emprego passem a procurar”, afirmou Adriana.
Quem mais perde em termos de emprego são os trabalhadores com carteira assinada pelo setor privado. Na média de janeiro a setembro, as seis principais regiões metropolitanas do País tinham 11,454 milhões de pessoas empregadas por esse tipo de vínculo, o menor nível desde 2012 (11,218 milhões), segundo o IBGE.
Estadão Conteúdo