Jornal GGN – O juiz federal Sergio Moro autorizou a abertura de um inquérito pela Polícia Federal para investigar a suposta relação do sítio de Atibaia, em São Paulo, com a empreiteira OAS e outras empresas investigadas na Operação Lava Jato. O inquérito exclusivo ao caso foi aceito após a imprensa divulgar que o sítio era frequentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em nome de Fernando Bittar e Jonas Suassuna, sócios do filho mais velho do ex-presidente Lula, Fábio Luis Lula da Silva, o espaço em Atibaia, no interior de São Paulo, já era investigado em inquérito sobre a empreiteira OAS. Após as notícias de que o ex-presidente Lula tinha as portas abertas para a propriedade, um inquérito novo, dedicado exclusivamente ao tema, foi aberto.

Na última quinta-feira (04), o juiz Moro enviou despacho à equipe de delegados da Lava Jato, autorizando a abertura do inquérito. No documento, Moro disse que não tinha “óbice à efetivação do desmembramento requerido pela PF”, e que o Ministério Público Federal deveria ser consultado.

Sergio Moro explicou, ainda, que a possibilidade de desmembramento das investigações são critérios das autoridades policiais e sob controle do MPF, e que o magistrado não, necessariamente, precisaria autorizar previamente a medida.

A PF disse ao juiz que o novo inquérito “demanda necessário sigilo, já que o fato ainda está em investigação” e solicitou o envio dos documentos da OAS relativos ao tema para o futuro inquérito. Apesar disso, a investigação não corre em segredo de Justiça. Com isso, o juiz Sergio Moro afirmou que “não é aconselhável a anexação de documentos com sigilo elevado em procedimento que tramita sem segredo de Justiça”.