Uma as fotos é de Maria Cosme Sobrinho, que também foi presa. De acordo com a polícia, ela se passava por companheira do auditor fiscal Gonçalo Pereira de Melo, já falecido, para isso, precisava aparentar ser mais velha. Ela e José Laercio Ferreira de Melo, filho do auditor fiscal, faziam parte do esquema e se beneficiavam de pensão através de fraude. Além da pensão, os denunciados teriam recebido ainda R$240 mil que estava depositado na conta do falecido.
As investigações, que tiveram início em fevereiro deste ano, deram conta de que o esquema era comandado pelo delegado Olavo Dantas e contou com a participação de outras quatro pessoas: a advogada Thayana de Moura Macedo, que foi responsável pela realização de um inventário administrativo no 5º Cartório do Alecrim (com renúncia dos herdeiros) e pelo levantamento do dinheiro que estava depositado na conta do falecido, através de um alvará judicial obtido de forma ilegal; Ana Cláudia de Oliveira Dantas e seu esposo, identificado como Expedito, suspeitos de falsificar os documentos utilizados pela quadrilha para fraudar a pensão; e Maria Cosme Sobrinho, que se passou por companheira do auditor falecido.
Ainda de acordo com a polícia, o delegado Olavo Dantas negou envolvimento dele no esquema. Já em depoimento, a advogada Thayana Macedo confessou e teria imputado a idealização ao delegado Olavo, além de informar outros crimes praticados pelo mesmo.
Outro preso, Laércio Ferreira, filho do ex-auditor fiscal, também teria confessado e indicou Olavo e Thayana como sendo os mentores. Maria Cosme, a mulher da foto “envelhecida” e que também foi presa, segundo os delegados da Deicot, confessou tudo e indicou Olavo e Thayana como os mentores, além de informar que vivia sendo ameaçada de morte por Olavo, caso revelasse o esquema fraudulento, informando também outros crimes praticados pelo delegado.
Uma das suspeitas ouvidas na investigação e que não teve o nome revelado também confessou ser a encarregada de produzir as falsificações documentais a pedido de Ana Cláudia de Oliveira Dantas. Na residência dessa suspeita foram encontrados muitos carimbos e cópias de documentos diversos, prontos para as falsificações.
O delegado Olavo e Ana Cláudia negam o envolvimento, apesar de terem sido encontrados no apartamento do delegado várias procurações dos beneficiários do ex-auditor fiscal Gonçalo Pereira de Melo, dando plenos poderes para o mesmo, em razão do inventário do falecido.
Os delegados responsáveis pela investigação informaram que pediram a conversão de Prisão Temporária em Prisão Preventiva, “como garantia da ordem pública e para assegurar a aplicação da Lei Penal, em razão de farta prova da existência dos crimes comprobatória de autoria e materialidade”.