GESTÃO GEDDEL: Empresas investigadas por suspeitas na Caixa receberam R$ 4,3 bi
Alexa Salomão e Josette Goulart, O Estado de S.Paulo
No período em que o ex-ministro Geddel Vieira Lima ocupou o cargo de vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal, área responsável por financiamentos empresariais, foram liberados ao menos R$ 4,3 bilhões às principais empresas investigadas por suspeita de pagamento de propina na Operação Cui Bono, deflagrada nesta sexta-feira, 13, pela Polícia Federal. Geddel ficou no posto de 2011 a 2013.
Os valores estão registrados publicamente em diferentes documentos, como demonstrações contábeis e atas de reuniões de diretoria, das quatro maiores empresas investigadas pela PF: JBS e sua holding J&F, Bertin e Marfrig. Elas fazem parte do que o mercado chama de “campeões nacionais”, grupo beneficiado, nos governos do PT, com financiamento de bancos públicos para fazer fusões e aquisições e se tornarem líderes em seus setores.
Os procuradores entendem que havia um esquema organizado de crime na Caixa que atingia duas áreas: a de pessoas jurídicas, sob o comando de Geddel, e a do FI-FGTS, fundo com recursos do trabalhador que é gerido pela Caixa.
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