Blog do Levany Júnior

GUAMARÉ RN-Gandra Filho é “identificado” com Temer e contra direitos trabalhistas

Brasília – Presidente Michel Temer recebe os cumprimentos do presidente do TST, Ives Gandra da Silva Martins Filho, no seminário comemorativo dos 75 anos da Justiça do Trabalho e 70 anos do TST (Marcos Corrêa/PR)Gandra Filho é “identificado” com Temer e contra direitos trabalhistasJornal GGN – O perfil da Folha desta terça-feira (31) sobre Ives Gandra Filho, favorito para a vaga de Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal, mostra que o ministro do Tribunal Superior do Trabalho não tem o apoio da corte que preside, está alinhado com os interesses do governo Michel Temer, tem a benção de Gilmar Mendes, admite o conservadorismo exarcebado e é a favor de corte em direitos trabalhistas.
“Ives Filho está identificado com as prioridades do governo Michel Temer. Há anos desenvolve atividades acadêmicas com o ministro Gilmar Mendes, um dos defensores de sua nomeação”, diz a Folha.
Na Justiça do Trabalho, sua proposta é reduzir os efeitos da legislação trabalhista e ajudar os empresários com redução de encargos. “Mas enfrenta forte oposição da maioria dos ministros do TST, de juízes trabalhistas de primeiro grau e de dirigentes sindicais.”

O presidente da Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho) disse que “sua relação recente com a magistratura tem sido pontuada por restrições de direitos.”
Folha aponta que “o que pode dificultar sua indicação são as reações à visão ultraconservadora sobre questões morais”, reveladas pelo portal Justificando. Em livro organizado por Gilmar Mendes, Gandra Filho defendeu que a mulher deve ser submissa ao marido e comparou o casamento gay ao “bestialismo” de uma mulher se relacionar com um cachorro ou um homem com um cavalo.
Gandra Filho nega “postura homofóbica, nem machista” e diz que entende que “indivíduos de orientação heterossexual e homossexual possuem a mesma dignidade perante a lei”.
“Assim como o pai, o jurista Ives Gandra Martins, amigo de Temer há 40 anos, Ives Filho é vinculado à Opus Dei. O perfil conservador não influenciou negativamente sua atuação no Conselho Nacional de Justiça (2009-2011), segundo testemunham três ex-conselheiros”, diz a Folha.
“Ele diz que um país que elegeu um ex-sindicalista presidente da República não pode considerar imaturos os sindicatos e desprezar a autonomia de patrões e trabalhadores para negociar.” 
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