O mundo do futebol virou de cabeça para baixo desde que Justiça dos Estados Unidos desmascarou o maior escândalo de corrupção da Fifa. De lá para cá, os casos de corrupção envolvendo o esporte mais praticado do planeta não param de aumentar e muito ainda tem de ser explicado. As dúvidas e investigações vão além dos sete dirigentes presos na quarta-feira (27), no luxuosoHOTEL
Confira pontos que ainda precisam de explicação e próximos passos da investigação:
Blatter sai ou fica?
No comando da Fifa desde 1998, Joseph Blatter foi reeleito na sexta-feira (29) para seu quinto mandato à frente da entidade. O suíço, no entanto, se sentiu pressionado e sem apoio político e praticamente foi obrigado a pedir sua renúncia. Mas o cartola não parece lá muito disposto a largar o osso e disse que seguirá trabalhando normalmente até as próximas eleições, que serão disputadas entre dezembro de 2015 e março de 2016. Segundo o jornal New York Times, as autoridades americanas começam a fechar o certo sobre Blatter – até o momento não há provas contra ele.
Braço direito envolvido
Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, foi envolvido no escândalo acusado de transferir US$ 10 milhões em propinas para Jack Warner (Concacaf). A movimentação caracterizaria a compra de votos para beneficiar a indicação da África do Sul como sede vitoriosa da Copa de 2010. O homem do “chute no traseiro” do Brasil se defendeu das acusações e negou qualquer envolvimento, mas ainda não está livre do caso.
Mãozinha da Fifa
Um caso que estava esquecido voltou à tona diante de tantos escândalos de corrupção. A Fifa admitiu que pagou 5 milhões de euros à Associação de Futebol da Irlanda para evitar uma ação legal depois da derrota da equipe para a França, ainda nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2010. Na ocasião, o atacante Thierry Henry ajeitou a bola com o braço, e depois com a mão, antes de dar a assistência para oGOL
Seleção brasileira no rolo
Os jogos da seleção brasileira entraram na mira da Polícia suíça. De acordo com reportagem do jornal o Estado de S. Paulo, uma partida contra a Argentina, em 2010, no Catar, teria sido vendida em troca de votos do Brasil e da federação hermana para o país sediar a Copa do Mundo de 2022. Além dos votos, Ricardo Teixeira, então presidente da CBF, renovou, no mesmo dia do amistoso, o contrato com a empresa árabe que organizava os jogos da seleção na época.
Teixeira de olho aberto
Antecessor de Marin na presidência da CBF, Ricardo Teixeira está de olhos abertos. O cartola foi indiciado, na última segunda-feira (1º), por quatro crimes pela Polícia Federal: lavagem de dinheiro, evasão de divisas, falsidade ideológica e falsificação de documento público. Teixeira, que voltou ao Brasil recentemente, chegou a colocar a mansão que tem em Miami, no valor de R$22 milhões, à venda, aceitando até receber menos pela propriedade. Segundo matéria da Folha de S. Paulo, a decisão de vender a casa seria por medo das investigações da Polícia dos EUA.
Resistência egípcia
Ex-ministro do Esporte do Egito, Alley Eddine Helal revelou ao canal ONTV que foi procurado em 2004 para um esquema referente à Copa de 2010. Na época, o país disputou com a África do Sul para sediar o Mundial, mas acabou derrotado por se recusar a pagar UU$ 7 milhões (cerca de R$ 21 milhões) ao ex-vice-presidente da Fifa Jack Warner, um dos presos na Suíça — ele foi libertado após pagamento de fiança.
Extradição de Marin
Um dos sete dirigentes da Fifa preso no luxuosoHOTEL
Del Nero ameaçado
Atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero também pode estar vendo o cerco se fechando. Pressionado com os pedidos de renúncia da última semana, o cartola brasileiro marcou uma reunião para a próxima segunda-feira (8) e uma assembleia-geral da entidade para quinta-feira (11). A ideia do dirigente é mexer no estatuto da CBF e, principalmente, mudar a linha sucessória da presidência, que atualmente passaria para o vice mais velho, Delfim Peixoto. Em busca de apoio, Del Nero esteve na Granja Comary, Rio de Janeiro, na última quinta para visitar a seleção brasileira.
CPI do Futebol
O senador Romário (PSB-RJ) já se reuniu com o procurador-geral Rodrigo Janot com o objetivo de reforçar a ação conjunta do Ministério Público com a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da CBF. Autor do requerimento de criação da CPI no Senado, Romário afirmou que a comissão será instalada nos próximos dias.
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