“Não vou conseguir entregar a obra do Viaduto do Baldo até dezembro. Lamentavelmente, a obra irá atrasar novamente”, disse o titular da Semov, Tomaz Neto. Ele destacou que as obras em curso na capital, que consomem recursos próprios da arrecadação municipal, sofrerão atrasos. Ele listou a operação tapa-buracos, a drenagem e pavimentação de inúmeras ruas no Conjunto Nova República, a conclusão do recapeamento asfáltico da Avenida Ayrton Senna, drenagem e pavimentação de ruas em Felipe Camarão além da manutenção do enrocamento da Praia de Ponta Negra. A crise financeira e a redução dos repasses da União ao Município do Natal – cuja frustração é de R$ 47 milhões – também são responsáveis pelo atual cenário, frisou o secretário.
Dos R$ 850 mil previstos para serem repassados pela Sempla à Semov no mês de outubro para a realização de pagamentos diversos, nada foi creditado. Dentro desse valor, R$ 300 seriam utilizados para o pagamento da empresa que executa os serviços finais na obra do Viaduto do Baldo, que inclui recapeamento asfáltico, escoramento e substituição das juntas de neoprene. O restante da dívida com a construtora – de R$ 1,2 milhão – seria paga em cinco prestações iguais a partir de janeiro de 2016. “A crise pegou em cheio a gente”, lamentou Tomaz Neto. A única obra que não sofreu impactos com a referenciada crise foi a reconstrução do trecho demolido em Mãe Luiza, em junho do ano passado.
De acordo com Tomaz Neto, a escadaria e a drenagem do trecho destruído pela enxurrada deverão ficar prontas até o fim deste mês de novembro. A data de inauguração do empreendimento, que conta com uma escadaria adaptada aos portadores de necessidades especiais e que liga a Rua Guanabara, em Mãe Luiza, à Avenida Sílvio Pedroza, em Areia Preta, além de uma praça de convivência, será, ao que tudo indica, no próximo dia 8 de dezembro. Conforme informações repassadas pela Semov, o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, participará da cerimônia.
O secretário Tomaz Neto relembrou, ainda, que dos R$ 5,6 milhões repassados pelo Ministério da Integração Nacional para a conclusão da obra, R$ 400 mil serão devolvidos. “Conseguimos fazer essa economia e vamos devolver à união”, frisou. Questionado se essa “sobra” não poderia ser usada no pagamento do débito relativo às obras do Viaduto do Baldo, o secretário destacou que, como é uma verba carimbada, não pode ser destinada para outros fins senão para o qual veio especificada.
O Viaduto do Baldo está interditado há mais de três anos. As obras de reparos tiveram início em junho do ano passado com o orçamento de R$ 1,7 milhão. Após a realização de uma nova licitação para esse último reparo, que teve a sua necessidade observada posteriormente, uma nova data de conclusão foi anunciada: dezembro de 2015. Esta, porém, não será cumprida. Após a ova licitação, os custos com a recuperação do empreendimento subiram para R$ 2,5 milhões.