Fiesp e Firjan pressionam por conteúdo local na área de petróleo
ornal GGN – A Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) e a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) pressionam o governo para fazer parte da elaboração de novas regras de conteúdo local na área do petróleo.
A indústria crê que as medidas anunciadas até agora são benéficas somente para as petroleiras. Segundo a Folha de S. Paulo, as entidades se reuniram com Michel Temer e tentam evitar uma mudança brusca na política de conteúdo.
Entre os pontos problemáticos, estão a isenção tributária para a compra de equipamentos petrolíferos, através do Repetro, e o possível perdão para as petroleiros que não cumpriram os índices de conteúdo exigidos nos leilões realizados.
Para a indústria, o Repetro incentiva a importação, prejudicando os fabricantes locais que não conseguem isenção sobre os equipamentos fabricados no Brasil.
José Velloso, da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), afirma que o programa representou uma renúncia fiscal de R$ 10 bilhões por ano entre 2011 e 2013.
O governo Temer pretende lançar um novo modelo da política local em dezembro, quando também serão anunciados os próximos leilões de áreas petrolíferas.
Após a chegada da Pedro Parente à presidência da Petrobras, a companhia começou a defender a flexibilização das regras.
Para Velloso, o investimento prometido por empresas estrangeiras, como a Shell e a Statoil, só aconteceria na próxima década. “O fechamento de fábricas vai trazer desemprego agora”, critica.