Nem obras paralisadas, nem operários demitidos.
As empreiteiras que trabalham com o Minha Casa Minha Vida no Rio Grande do Norte optaram por um meio termo: iniciaram o processo de concessão de aviso prévio, mas vão tocar as obras pelo menos por mais um mês.
A decisão foi tomada durante reunião realizada neste domingo (03), segundo informou hoje o presidente do Sindicato da Construção Civil (Sinduscon/RN) Arnaldo Gaspar Jr.
Na reunião ficou decidido que as empresas vão dar o aviso prévio trabalhado e não indenizado, isso é, os operários ainda terão um mês pela frente.
Tempo que os empreiteiros esperam sejam resolvidos os problemas da falta de pagamento dos projetos que estão sendo tocados no RN.
Na reunião ficou acertado o remanejamento de material, via cooperativa de compras, para que as empresas em maior dificuldade de caixa possam usar material daquela que ainda tem estoque, de forma a não parar as obras.
Sobre os avisos prévios, Arnaldo Jr. Disse hoje na 96 FM: “Embora os processos de demissão tenham sido iniciados, eles podem ser interrompidos a partir do momento em que os problemas seja equacionados.”
O presidente do Sinduscon disse ainda que nesta segunda-feira a Caixa Econômica Federal estará repassando R$ 7 milhões de uma dívida que hoje chega a R$ 28 milhões.
Desde que o programa foi lançado, em 2009, foram construídos no Rio Grande do Norte 51 mil imóveis, dos quais 16 mil para famílias de baixa renda, que hoje pagam um preço simbólico, e o restante para a Faixa 2, em que o governo dá subsídio até R$ 17 mil, mas a negociações, nesse caso, é feita diretamente entre construtor e comprador.
As demissões afetariam 4.500 trabalhadores diretos e 2 mil indiretos.