Guamaré RN; “EMBARAÇO”: Marcelo Odebrecht arrola Dilma e três ex-ministros como testemunhas


Por interino

O ex-presidente do Grupo Odebrecht Marcelo Odebrecht arrolou a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) como testemunha de defesa em um dos processos a que responde na Operação Lava Jato. Além dela, Odebrecht também pediu para que o juiz Sérgio Moro ouça os testemunhos dos ex-ministros Edinho Silva, Guido Mantega e Antônio Palocci.

Marcelo Odebrecht já foi condenado a mais de 19 anos em primeira instância – ele recorre da sentença. O ex-presidente da empreiteira ainda responde a mais duas ações perante o juiz Sérgio Moro, dentre elas a que apura o setor apontado pelo Ministério Público Federal (MPF) como dedicado exclusivamente à contabilidade paralela da empresa.

O pedido para ouvir as testemunhas foi apresentado como reposta prévia à acusação do MPF. O advogado Nabor Bulhões pede que o cliente seja absolvido sumariamente e, caso não seja esse o entendimento do Moro, que sejam ouvidas todas as testemunhas arroladas. Foram elencadas ao todo 15 testemunhas.

O fato de Dilma e os ex-ministros estarem arrolados como testemunhas não significa, ainda que eles irão depor. Ao juiz responsável pelo processo cabe autorizar, ou não, as oitivas. Em outros casos, o juiz Sérgio Moro pediu aos réus que prestassem maiores esclarecimentos sobre a necessidade dos depoimentos.

Na petição apresentada neste processo, a defesa de Marcelo Odebrecht não explica porque quer ouvir as 15 testemunhas.

Outros casos

Esta não é a primeira vez que Dilma Rousseff é arrolada como testemunha de defesa de um réu na Lava Jato. Em janeiro de 2015 a defesa do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró apresentou pedido para ouvir a presidente, mas três horas depois protocolou requerimento solicitando a retirada do pedido.

De acordo com a defesa de Cerveró, o nome da presidente havia sido incluído porque a defesa entendeu que o Conselho de Administração da Petrobras, então chefiado por Dilma, tinha responsabilidade por contratos firmados para a construção de navios-sonda. A operação foi feita pela Área Internacional da empresa, à época comandada por Cerveró. Segundo o MPF, Cerveró recebeu propina em dois contratos firmados.

Após o protocolo, porém, Ribeiro repassou a lista a Cerveró, que está preso na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba. Foi quando o ex-diretor informou que os contatos foram firmados diretamente pela Área Internacional da Petrobras, sem o conhecimento do Conselho de Administração.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também já foi arrolado como testemunha em um processo da Lava Jato, a pedido do pecuarista José Carlos Bumlai. Moro aceitou o pedido e chegou a marcar a data do depoimento, mas Bumlai desistiu da oitiva.

Acusação

A ação remonta à 26ª fase da Lava Jato, que recebeu o nome de Xepa. A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) afirmaram que a Odebrecht possuía um departamento responsável pelo pagamento de vantagens indevidas a servidores públicos em razão de contratos firmados pela empresa com o poder público.

O MPF pede que a Justiça decrete a perda de R$ 34.089.400 dos denunciados, em razão de os recursos serem oriundos das práticas criminosas de lavagem de dinheiro denunciadas.

João Santana e Monica Moura foram beneficiados com esses pagamentos ilegais, mesmo com a Lava Jato em curso, de acordo com o MPF. De acordo com o coordenador da força-tarefa, o procurador Deltan Dallagnol, foram 45 pagamentos, totalizando R$ 23,5 milhões, de 24 de outubro de 2014 a 22 de maio de 2015.

Segundo o MPF, os pagamentos feitos pela Odebrecht estão atrelados a diversas obras e serviços federais e também a governos estaduais e municipais. Dentre elas está a construção da Arena Corinthians, segundo o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima.

A estimativa é de, ao menos, R$ 66 milhões em propina distribuída entre 25 a 30 pessoas. Este valor, segundo a PF, estava disponível em apenas uma das contas identificada como pertencente à contabilidade paralela da empresa.

G1

Blog do BG: http://blogdobg.com.br/embaraco-marcelo-odebrecht-arrola-dilma-e-tres-ex-ministros-como-testemunhas/#ixzz48wq6lqb5dilma-rousseff-preocupada

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Levany Júnior

Levany Júnior é Advogado e diretor do Blog do Levany Júnior. Blog aborda notícias principalmente de todo estado do Rio Grande do Norte, grande Natal, Alto do Rodrigues, Pendências, Macau, Assú, Mossoró e todo interior do RN. E-mail: [email protected]

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