GUAMARÉ RN-Desemprego cresce e alimenta mal-estar social, diz OIT
Da Rede Brasil Atual
A OIT cita a situação ruim da América Latina e o peso do Brasil no comportamento verificado na região. E estima que a taxa de desemprego fique em 12,4% este ano, acima do nível já recorde de 2016. O número de desempregados, de mais de 12 milhões, deve chegar a 13,6 milhões este ano e a 13,8 milhões em 2018.
Dos estimados 201,1 milhões ao final deste ano, 147 milhões estarão em países emergentes (143,4 milhões em 2015), 37,9 milhões em países desenvolvidos (ante 38,6 milhões no ano passado) e 16,1 milhões em países em desenvolvimento (15,7 milhões).
“Estamos enfrentando um desafio duplo: reparar os danos causados pela crise econômica e social mundial e criar empregos/trabalhos de qualidade para as dezenas de milhões de pessoas que entram no mercado de trabalho a cada ano”, afirmou o diretor-geral da OIT, Guy Ryder. ““O crescimento econômico segue decepcionante e é menor do que o esperado, tanto em nível quanto em grau de inclusão. Isso delineia um quadro preocupante para a economia mundial e sua capacidade de criar empregos suficientes, muito menos empregos de qualidade.”
Ainda de acordo com o relatório, as chamadas formas vulneráveis de trabalho, incluindo trabalhadores familiares e por conta própria, deverão representar 42% dos ocupados, aproximadamente 1,4 bilhão de pessoas. “Nos países emergentes quase um em cada dois trabalhadores se insere num emprego vulnerável e, nos países em desenvolvimento, mais de quatro em cada cinco trabalhadores”, diz o economista sênior da OIT, Steven Tobin.
A organização aponta outra tendência preocupante, de diminuição do ritmo de redução da pobreza dos trabalhadores, o que põe em risco a perspectiva de erradicação da pobre conforme os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. O número de trabalhadores remunerados com menos de US$ 3,10 por dia deve crescer em mais de 5 milhões nos próximos dois anos nos países em desenvolvimento.
Descubra mais sobre Blog do Levany Júnior
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.
Comentários com Facebook