Guamaré RN; Cunha diz que não renuncia, ataca PT e diz que ação da PF é revanche Blog do BG: http://blogdobg.com.br/#ixzz3uPzQ7aTM
Alvo da Operação Lava-Jato desta terça-feira, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse hoje que não está “nem um pouco preocupado” com os mandados de busca e apreensão cumpridos em suas residências do Rio e de Brasília, mas acusou o governo de praticar “revanchismo” contra ele e considerou “muito estranho” que a operação tenha ocorrido no dia da sessão do Conselho de Ética e às vésperas de o Supremo Tribunal Federal (STF) se pronunciar sobre o rito do impeachment. Ele também criticou o fato de políticos do PT não terem sido alvo desta operação da Polícia Federal, e de a PF ter concentrado sua operação em quadros do PMDB.
— Uma operação concentrada no PMDB, e a gente sabe que o PT é o responsável por assaltar o país. Isso causa estranheza, tem alguma coisa estranha no ar. Não tenho absolutamente nada a reclamar. Só é suspeito a operação até agora não atingir aqueles que não são do PMDB — atacou o presidente da Câmara, que foi questionado sobre a prisão do senador Delcídio Amaral, do PT: — Delcídio foi preso em flagrante. Qualquer um poderia ser. Não houve uma operação, nem foi uma consequência de ação do MP. O que houve é que ele foi flagrado. Então causa muita estranheza (a operação desta terça-feira).
Cunha, no entanto, disse ser “natural” que haja retaliação do governo contra ele, já que ele é o maior desafeto do governo:
— Eu sou o desafeto do governo, todos sabem disso, e agora mais ainda. Nada mais natural do que o governo agora querer o seu revanchismo — disse.
Ao classificar a operação desta terça-feira como “revanchismo”, Cunha acusou o ministro da Justiça de participar de reuniões durante a madrugada em Curitiba, onde se concentra a força-tarefa da Operação Lava-Jato:
— Eu sou um desafeto do governo, todo mundo sabe disso. Nada mais natural que eles vão buscar seu revanchismo. O que foi fazer o ministro José Eduardo Cardozo em Curitiba para ter reuniões na madrugada lá. São coisas muito estranhas que acontecem neste governo.
Ele reforçou que acorda “às seis horas da manhã e que a porta estaria aberta”. E criticou que os petistas não são alvos das operações.
— Eu fui escolhido para ser investigado, todos sabem disso – afirmou.
O presidente da Câmara voltou a se declarar inocente das acusações de ter recebido propina na contratação de dois navios-sondas da Samsung Heavy Industries pela Petrobras
— Eu sou completamente inocente.
Cunha também tentou atacar a PF e o MPF:
— É sinal que eles não têm prova, têm que colher alguma.
O presidente da Câmara defendeu mais uma vez que o PMDB deixe o governo Dilma Rousseff.
Além de jornalistas, vários assessores, funcionários da Casa e curiosos estavam atentos à entrevista do presidente Eduardo Cunha no Salão Verde da Casa. A assessora Evelyn Silva tentou abrir uma camiseta em que, segundo ela, estava escrito “Fora Cunha”, mas foi contida por seguranças do Departamento de Polícia da Casa. Ela disse que é assessora do deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ)
— Um agente do Depol me deu um soco e tirou de mim a camiseta que só estava escrito Fora Cunha. Além de uma violência contra a mulher, é um ato contra o direito à expressão — protestou Evelyn.
O Globo
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