O historiador e escritor Marco Antonio Villa é, sem dúvida, o mais contundente crítico do PT, da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula na TV aberta.
Ele participa às segundas-feiras do Jornal da Cultura, da TV Cultura de São Paulo, apresentado por Willian Côrrea. O formato do telejornal estimula debates e a emissão de opiniões.
Na edição de segunda-feira (9), Villa voltou a descarregar munição contra seu alvo preferido: Lula.
O comentarista chamou o líder petista de “chefe do Petrolão”, “chefe de quadrilha” e “safo” (ao insinuar que o ex-presidente conseguiu, até o momento, se livrar da investigação da Operação Lava-Jato).
Muito irritado, o historiador criticou o silêncio de Lula diante das graves acusações contra membros do PT.
“Ele está quietinho. (…) Eu queria que o lula tivesse caráter, e ele não tem, para vir publicamente se defender”, disparou Villa. “Precisa honrar as calças”, completou.
Villa tem como colega de bancada, às segundas, o advogado e ex-deputado federal pelo PT-SP Airton Soares. Os dois frequentemente se digladiam ao discutir os temas políticos.
Na TV, Airton não se apresenta como um defensor de carteirinha dos petistas. Porém adota uma postura cautelosa em relação às acusações contra seu antigo partido e os ex-companheiros de militância política.
Após as palavras furiosas de Marco Antonio Villa ontem à noite, Soares disse preferir aguardar as denúncias formais do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, antes de opinar sobre Lula.
Ao comentar a queda de popularidade de Dilma, do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, o ex-deputado argumentou que a população está reagindo às promessas exageradas feitas na campanha eleitoral.
“Eles (os políticos) enganam, escondem a verdade”, criticou Airton Soares, indignado.
Os embates entre Villa e Soares — sempre com doses generosas de conflito ideológico, oposição partidária e ironia — já são uma tradição do Jornal da Cultura, e garantem boa audiência à emissora.
Sala de TV – Terra