A partir das 16h de hoje, no mesmo estádio que sediou a sua abertura, o Campeonato Paulista começa sua final com os clubes grandes menos cotados no início do torneio. No Palestra Itália, Palmeiras e Santos, com presença na decisão que prova como suas reformulações não foram prejudiciais, se enfrentam em busca de um título que serviria como pontapé inicial perfeito em temporada de incertezas.
O campeão só será definido no dia 3, na Vila Belmiro, mas os dois times sabem a importância de um resultado positivo já neste fim de semana. O Verdão quase foi rebaixado no Brasileiro do ano passado, quando celebrava seu centenário, e fez alterações na diretoria e na comissão técnica, além de 20 contratações. Não esconde sua surpresa por chegar à final, pois passou os primeiros meses do ano avisando que só estaria pronto durante o Brasileiro.
Do outro lado, o Santos enfrentou problemas financeiros que mudaram seu elenco – o goleiro Aranha e o volante Arouca, por exemplo, trocaram o clube pelo Palmeiras. Mas o time já tinha provado sua força ao protagonizar a segunda melhor campanha da primeira fase e ganhou ânimo batendo o São Paulo nas semifinais, como fez o Verdão, mas nos pênaltis, diante do Corinthians, em Itaquera.
“Foi uma semifinal muito legal pela importância do adversário e as adversidades que superamos. Isso se alastra, não tem como ser comedido. Transmite ao grupo uma confiança muito grande, atravessa aquela história de incerteza inicial pela herança deixada e passa realmente para o otimismo de almejar vencer o título. Isso afeta, nos deixa muito felizes. Mas saber que o resultado serve como equilíbrio é muito bom para manter os pés no chão”, declarou o técnico Oswaldo de Oliveira.
Para a partida, o Palmeiras não conta com Valdivia, que sente dores no joelho esquerdo, e Zé Roberto é dúvida devido à lesão na coxa direita, mas deve jogar. A aposta deve ser na base que encurralou o Corinthians no domingo, com o volante Gabriel na lateral direita, Robinho como volante, Gabriel Jesus e Dudu abertos e Cleiton Xavier centralizado na linha de auxílio a Rafael Marques, centroavante apenas na teoria, já que se mexe bastante.