GUAMARÉ RN-Carlos Alberto Santos, presidente da Potigás: Meta é expansão
O Rio Grande do Norte, que já ocupou uma posição de destaque na produção nacional de gás natural, sendo o 4º maior produtor nos anos 2000, tem visto sua força extrativa diminuir constantemente. Em 2014, o Estado fechou o ano com queda de 75%, em relação ao gás natural disponibilizado para refino, processamento e venda registrado em 2000. Hoje, o RN está na 9ª posição no ranking dos produtores no Brasil.
Apesar disso, o Governo do RN criou e desenvolveu programas de incentivo à indústria através do produto, como o Progás e o seu substituto, o RN Gás+, lançado no início deste mês. Para o novo plano, inclusive, a projeção é aumentar o número de empresas subsidiadas, de oito para doze, até o final deste ano.
De acordo com Carlos Alberto Santos, presidente da Potigás, empresa de economia mista responsável pela distribuição do gás canalizado ao Governo do RN para os programas, a queda na produção é “desconhecida” e há expectativas “concretas” de ampliação do incentivo.
“Essa informação não chegou até nós. Isso diz respeito às áreas de exploração da Petrobras, mas, nunca foi sinalizada qualquer queda a curto ou médio prazo, inclusive pela Gaspetro, sócia no Governo do RN na Potigás e subsidiária da Estatal”, assegurou Santos.
E acrescentou: “quanto ao RN Gás+, o programa, iniciado em 1º de agosto deste ano, fechará 2015 com 50% de crescimento de incentivo à indústria do RN. Temos oito empresas e terminaremos 2015 com 12. Uma delas, inclusive, já está assegurada”.
A indústria citada por Carlos Alberto Santos é a Cerâmica Elizabeth, em fase de instalação no Polo Industrial de Goianinha, na Grande Natal, e que deve iniciar operações até janeiro de 2016. Com matriz fabril em Santa Catarina, o grupo também possui filial na Paraíba.
“O principal fator para o Grupo Elizabeth se instalar aqui no RN, segundo o próprio presidente da empresa, George Crispin, foi o benefício do gás natural. E, eles pretendem ampliar a produção deles aqui, inclusive reduzindo algumas operações em Santa Catarina e na Paraíba, que não concedem esse tipo de incentivo”, pontuou Carlos Alberto Santos.
Segundo a Potigás, a projeção é que a Elizabeth consuma 40 mil m³/dia na primeira fase de operações, 80 mil m³/dia na segunda e 120 mil m³/dia com a fábrica em pleno funcionamento. De acordo com o Governo do RN, o grupo deve gerar 430 empregos diretos com suas operações no Estado.
Conforme o secretário de desenvolvimento econômico, Flávio Azevedo, que assumiu a pasta no início deste mês, o novo programa está “afinado” com o setor industrial potiguar. “Assim que mudamos para o RN Gás+, reunimos as partes envolvidas, discutimos e afinamos as regras do jogo. O texto está absolutamente redondo”, afirmou Azevedo.
Sobre a queda na produção de gás natural no Estado, o titular da Sedec reconheceu a retração, mas, declarou que a “situação está sob controle”. De acordo com ele, isto já era previsto pelo setor petrolífero. “É evidente que uma plena diminuição do gás poderia impactar no programa. Mas, esta queda ocorre por circunstâncias da produção, com campos de muitos anos, e a Petrobras está preparada para equilibrar isso”, disse Azevedo.
RN Gás+
Iniciado há pouco mais de 20 dias, o RN Gás+ manteve as oito empresas que recebiam o subsídio do gás natural no antigo Progás, inclusive com os mesmos percentuais do produto. Para a continuidade em 2016, contudo, as empresas precisarão atualizar, até 31 de dezembro deste ano, seus dados relacionados à geração de empregos, impactos ambientais e investimentos. O mesmo ocorrerá com novas indústrias, como a Cerâmica Elizabeth.
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