GUAMARÉ RN -Campanha ou canelada?
Pesquisa tem divulgação adiada com novos números
Do Blog Panorama Político
O diretor do Instituto Certus, Mardone França, confirmou que a pesquisa do instituto para o segundo turno será divulgada na próxima quarta-feira.
Segundo Mardone, o cancelamento da divulgação do estudo registrado no Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE) com o número 44/2014, previsto para sábado (18), ocorreu porque os números “estavam defasados”, já que a amostragem foi concluída na segunda-feira passada.
Mardone França solicitou ontem o registro de uma nova pesquisa, com o número 45/2014, que será divulgada na próxima quarta-feira.
Serão 1.510 entrevistas que começaram a ser feitas hoje e irão até a próxima terça-feira.
Os questionários serão aplicados em 42 municípios e a margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.
Categoria(s): Política
A crise dos “verdes” do PV do Rio Grande do Norte
O PV do Rio Grande do Norte vive inferno astral pós-primeiro turno das eleições.
Não se entende, divide-se e sai menor.
Nenhum de seus candidatos se elegeu.
Vários de seus nomes com postos de destaque e, até mandato, estão com direitos políticos internos suspensos. Seguiram opções alheias à orientação partidária.
Primeiro de tudo, o PV precisa se definir autônomo, para depois exigir dos seus fidelidade à própria sigla.
Até aqui, os “verdes” não passam de apêndice e penduricalho do PMDB potiguar.
Daí, pelo menos uma identidade: a cor padrão do peemedebismo no RN é o verde.
Nota do Blog – Foram afastados da Executiva Estadual o deputado federal Paulo Wagner, Francisco Carlos, presidente da Câmara de Mossoró; Clemilton Olímpio da Silva; João Gentil de Sousa Neto, presidente do diretório de Mossoró; Jerisson Felipe de França e Edivan Martins, ex-presidente da Câmara de Natal.
Categoria(s): Política
Uma final de caneladas e de certas verdades
Ninguém espere ou torça por propostas nos últimos debates. A massa-gente quer “sangue”, como num circo romano.
É final de jogo: “Tem que parar a jogada lá atrás e mandar bola alta na área”, orienta cada técnico.
Como numa partida de futebol decisiva, em que os protagonistas vivem últimos minutos e o placar de zero a zero não interessa a ninguém, a técnica e a polidez ficam em segundo plano.
Um dos candidatos ainda posaria de fidalgo, se tivesse ampla vantagem em relação ao outro.
Não é o caso na corrida eleitoral nacional e estadual.
Também é um absurdo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) intervir na disputa, com olhar tosco, proibindo denúncias de lado a lado. Tem que barrar os excessos.
Tirar do ar propaganda que falam a verdade? Do irmão de Dilma Rousseff (PT) com emprego fantasma (AQUI) e Aécio Neves (PDBB) que não fez teste do bafômetro (AQUI).
Isso não é baixaria. Baixaria é a leviandade e certas armações.
As duas denúncias não foram contestadas pelos candidatos.
Cadê a baixaria nisso?
Eleitor tem o direito de saber dos “podres” dos candidatos e partidos.
Baixaria é termos que suportar amontoado de promessas impossíveis.
Baixaria é utilizar endereços/matérias falsas em Internet, setores da mídia ou testemunhos alugados para ataques pessoais.
Categoria(s): Política
Por François Silvestre
Com certeza o mais desonesto é o que vende o voto. Irmão gêmeo do que compra. Isso é ponto pacífico. A nojeira da compra e venda de voto nada tem a ver com incultura ou despolitização. É ladroagem mesmo. “Cultura” política da ilegitimidade representativa.
Mas este texto quer tratar da briga de foice, que não é desonestidade; aí sim, fruto da despolitização ou má-fé política. Essa praga que acompanha passo-a-passo nossos intervalos democráticos, como aquele personagem de Marguerite Hadcliffe, n’O Poço da Solidão, cujos passos tinham sempre a confusão a segui-los.
E nesse quadro, o elenco da ignorância política forma-se entre letrados. Ou bem informados. Ou até formadores de opinião. Que não se enquadram na conceituação do analfabetismo político de Bertolt Brecht; ao contrário, são politicamente instruídos.
O quadro referido se forma por uma deformação. Dialética que compõe, entre afirmação e negação, o cenário de uma prática de militância que desserve ao amadurecimento democrático.
Já foi dito, e é verdade, que campanha eleitoral não é uma disputa de grêmio escolar num internato clerical. Claro que não. Nem se pede que seja um concurso de boas maneiras. Ou de hipocrisia e mesuras falsas. Também não.
Porém, “entretanto mas porém”, não precisa ir à fronteira oposta. Transformar a campanha eleitoral numa sarjeta sem limites morais. Seguindo a lição cretina e amoral de que “em política o feio é perder”. A “máxima” foi usada para justificar fraudes; as famosas brejeiras. Mas tem servido para abastecer “estratégias” de marqueteiros, profissionais na arte de vender produtos, como se candidatos fossem sabonetes ou embutidos de carne moída.
E quem acaba sendo moído, em vez da carne, é o eleitor consciente, que não se vendeu; e depois mal lavado, pelo saponáceo bem vendido.
É triste ver formadores de opinião, na mídia, bem articulados, bem informados culturalmente, descerem ao nível de torcedor de futebol, daqueles mais ignorantes; como se a campanha eleitoral fosse uma decisão de torneio de várzea. Mesmo disputada num estádio da Copa, belamente abandonado, entre ex-grandes times.
No Brasil, dada à imprevisibilidade de suas formações, tudo parece ser possível. A ética é tratada como instrumento de propaganda; por partidos, por políticos e até por algumas instituições. Não é um bem natural, como deveria ser. É um medalhão a ser exibido, como se a honestidade fosse um favor. Ou um troféu banhado a hipocrisia.
Ainda bem que as “torcidas organizadas”, dos dois lados, não vão aos debates nem se encontram nos comícios. Se os comícios fossem realizados em conjunto, como as partidas de futebol, certamente os embates seriam sangrentos.
Posto que, no Brasil, país violentíssimo, não se faz revolução, mas se esbanja sangue derramado.
Té mais.
François Silvestre é escritor
* Texto originalmente publicado no periódico Novo Jornal.
Categoria(s): Artigo
Descubra mais sobre Blog do Levany Júnior
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.
Comentários com Facebook