GUAMARÉ RN-Aplicativo paga dízimo e conecta fiel ao pastor
Com o crescimento contínuo do chamado segmento gospel no Brasil, é inevitável que se popularizem os aplicativos voltados para esse público. Nas lojas dos sistemas iOS e Android já existem vários.
Um dos mais novos é o iFé, cujo nome remete ao costume da Apple de personalização de seus produtos.
Com o slogan “a palavra do Senhor a qualquer hora, em qualquer lugar”, seu objetivo é conectar igreja e fiéis 24 horas por dia, sete dias por semana.
Oferece uma espécie de rede social específica para igrejas que o contratarem. Isso inclui um canal de vídeo com artistas evangélicos e transmissão de cultos on-line, além de uma Bíblia digital.
Permite ainda que o usuário dê seu dízimo pelo smartphone, usando o Eu Contribuo. Através do programa Quero te Escutar, estabelece uma relação direta com o pastor. Quem desejar, também pode compartilhar sua localização numa espécie de Foursquare gospel, chamado Tô Aqui Irmão. Tudo isso incluído no serviço que custa R$ 20 mensais.
Uma crítica que muitos evangélicos fazem às redes sociais é que muitas vezes elas estão cheias de conteúdo ofensivo aos valores cristãos. Por outro lado, nenhuma rede com foco exclusivo no público evangélico “decolou”. Várias foram lançadas em diferentes países, inclusive no Brasil, mas inevitavelmente acabaram fechando.
Curiosamente, um dos idealizadores do iFé é católico. Julio Marcelino, 44 anos, explica que o Brasil tem 277 milhões de linhas (mais de uma por habitante) e 45 milhões de evangélico. Ele acredita que alcançará 15% desse público nos próximos cinco anos. “Espaço para crescer é o que não falta”, defende.
Contudo, ele acredita que a maioria das igrejas não sabem utilizar todo o potencial da internet. Marcelino reclama que os sites eclesiásticos são “rústicos demais” e que a interatividade quase não existe.
“Se o fiel queria falar com o pastor, tinha que entrar no site, escrever seu nome, pôr o email e enviar até aparecer lá: ‘Obrigado, iremos entrar em contato com você’. O que podia demorar dias, isso quando de fato respondiam”, disse ele à Folha de São Paulo.
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