Candidato a deputado estadual, o atual presidente da Câmara Municipal de Natal, Albert Dickson (PROS), afirma que a disputa entre o candidato do PMDB, Henrique Alves, e o do PSD, Robinson Faria, está polarizada, mas Robinson tem pouco tempo, na sua avaliação, para “tirar a gordura” de 9% de vantagem apresentada por Henrique na corrida sucessória estadual – segundo a última pesquisa, divulgada pelo Ibope.
A se manter esse quadro, a tendência, segundo Albert Dickson, é Henrique vencer a disputa no primeiro turno. “Do meu ponto de vista, acredito que não vai ter segundo turno. Acho que Robinson tem pouco tempo, pelas pesquisas, para tirar a gordura toda, Henrique 10%. Acho que o encaminhamento é que Henrique ganhe no primeiro turno”, afirmou Albert, em entrevista ao Jornal de Hoje.
Apesar disso, o vereador pondera: “Só que campanha é campanha, essas discussões, a entrada de discussões acaloradas vai começar agora, o TRE já entrou no circuito para apagar as discussões. Mas a campanha pega rítmo mais acelerado.
“Henrique e Robinson se respeitam, têm se respeitado, mas, no próprio calor da reta final, é natural que um fale algo que o outro não goste. Mas acredito que a campanha está de bom nível. Tem campanhas que são mais pesadas, mas os dois têm se respeitado e acredito que vá até o final. Até para que a população vislumbre uma campanha tranquila e não seja prejudicada a democracia e o pleito”, avaliou ainda o presidente da Câmara.
“Wilma é guerreira”
Ao abordar a disputa ao Senado, Albert Dickson acredita que a briga é mais acirrada. Ele registra a ascensão, segundo as pesquisas, da candidata Fátima Bezerra (PT), mas destaca o histórico de “guerreira” da vice-prefeita Wilma de Faria (PSB).
“Tem a ascensão de Fátima e essa briga ao Senado é mais bem polarizada. Wilma estava na frente, pelas pesquisas, estava empatada, mas Fátima agora está em ascensão. Não está decidido o pleito. Wilma é guerreira, já reverteu muitas campanhas e ainda não há uma decisão. Agora, é a campanha mais difícil nos últimos tempos para o Senado. Dois nomes muito bons e acredito que a decisão vai ser no último dia”.
RENOVAÇÃO
Disputando pela primeira vez um mandato de deputado estadual, Albert Dickson considera que a renovação na Casa será de cerca de 20%. Ele ressalta que a coligação em que ele se encontra é uma das mais difíceis, uma vez que a média de votos para se eleger gira entre 35 mil e 40 mil votos, enquanto existem coligações mais fáceis, em que um candidato que tiver 20 mil votos se elegerá.
“A perspectiva é que a coligação da qual faço parte vai eleger o número maior de deputados, pois é uma coligação forte, são deputados que estão com mandato, sendo a coligação mais difícil, portanto, com perspectiva de 35 a 40 mil votos para eleger, enquanto outras coligações são 20 mil para se eleger. Acredito que a campanha para deputado está tranquila no pleito geral, porque não tem ninguém acirrando o outro. Acredito em renovação ao menos de 20% na Assembleia”.