Blog do Levany Júnior

GUAMARÉ-MACAU-PENDÊNCIAS-ALTO DO RODRIGUES-CARNAUBAIS-ASSU-IPANGUASSU-RN-Estatístico afirma que “segundo turno é iminente”, na eleição para governador

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Professor há mais de 30 anos da cadeira de estatística da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e presidente da Associação dos Institutos de Pesquisa do Rio Grande do Norte, o diretor do Instituto Certus, Mardone França, prevê tendência de estagnação da campanha do candidato do PMDB ao governo do Estado, Henrique Alves, e de crescimento lento do candidato do PSD, Robinson Faria, nessa reta final de campanha, a dez dias do pleito do dia 5 de outubro. Ele diz que, a se manter essa tendência, a disputa pelo governo do Estado será definida apenas no dia 26 de outubro, data de realização do segundo turno.

“As pesquisas que nós publicamos autorizam a dizer que existe uma tendência de convergências. Enquanto o deputado Henrique mantém um patamar e teve uma ligeira queda nesta última (divulgada ontem), o candidato Robinson Faria vem em uma tendência ascendente, crescente”, afirma o estatístico. Na avaliação do diretor do Certus, Robinson cresce devagar e se aproxima de Henrique, o que o leva a apostar na possibilidade de haver segundo turno. “Robinson vem crescendo devagar, apontado que ele está, de certa forma, se aproximando do deputado Henrique. Nesse caso, há uma possibilidade concreta de que o pleito possa chegar a uma disputa para o segundo turno. A dinâmica da campanha nesses últimos 11 dias é o que vai definir essa situação”.

IMINÊNCIA

Mardoni afirma que, pelas pesquisas, o segundo turno está na “iminência” de acontecer. Apesar disso, ele ressalta que, se a eleição fosse hoje, Henrique ainda seria eleito governador do Estado no primeiro turno. “Hoje, falando sobre se vai haver segundo turno, diria que, segundo as pesquisas, não. Mas está na iminência de acontecer. Porque a diferença para o segundo turno é de 2,6%. Se Robinson continuar esse crescimento, ele deverá atingir isso aí até o fim da eleição. Então é aguardar ainda os dias e as pesquisas que deverão sair”.

A onze dias da eleição, a Certus trouxe um quadro de 7% de vantagem de Henrique sobre Robinson, queda de mais de 3% na diferença, que chegou a ser de quase 10% vinte dias atrás.  Contabilizando os números da Certus, o professor afirma que as chances de a eleição no RN ir para o segundo turno são de cerca de 60%. “Eu diria que a partir de hoje, e olhando a tendência para trás, e acreditando que essa tendência possa continuar, eu diria assim com um prognóstico contabilístico em torno de 60% favorável a acontecer (segundo turno) e 40% não”.

“Mesmo com escândalo, Henrique mantém-se firme”

Segundo o diretor do Certus, a estabilidade de Henrique manteve-se, mesmo após a citação ao seu nome no escândalo da Petrobras. “O deputado Henrique Alves desde o começo das pesquisas vem apontando um patamar de torno de 40, 38%, mesmo com a divulgação do escândalo da Petrobras, que ele foi de certa forma massacrado nos programas eleitorais, ele se manteve com pouca variação, teve uma resistência neste sentido”.

Para o professor, a citação de Henrique na revista Veja poderia provocar um abalo maior e não provocou. “Ele caiu em torno de 3 pontos e Robinson vem com uma campanha consistente, mas com um crescimento lento. Por isso que ocorreu essa demora de Robinson alcançar o deputado Henrique e o vice, mesmo com esse crescimento lento, poderá encostar no deputado Henrique e provocar o segundo turno. O segundo turno está na fase de se concretizar. Está tendendo para isso que ele se concretize no dia da eleição, mantendo todas as condições que se observa hoje”.

EFEITO LULA

O pedido de voto do ex-presidente Lula para Robinson, exibido no horário eleitoral do candidato do PSD, ainda não foi mensurado pelos institutos de pesquisa do Rio Grande do Norte. A pesquisa Certus não alcançou a suposta influência do petista, que teria peso significativo na massa de eleitores menos instruídos, onde prepondera o maior percentual de votos de Henrique. “O efeito de Lula no horário eleitoral ainda não se pode comprovar se foi favorável a Robinson ou desfavorável ao deputado Henrique. Só as pesquisas de agora em diante que vão capitalizar essa reação do eleitorado”, afirmou.

O estatístico pondera que, da mesma forma que o escândalo da Petrobras não surtiu efeito devastador sobre a candidatura de Henrique, o apoio de Lula a Robinson deverá ser mensurado para se saber o alcance. “É uma questão com vários fatores. No caso do impacto do escândalo da Petrobras que poderia ser um impacto grande na campanha de Henrique não teve. Agora, levando em conta que o ex-presidente Lula é um homem de muito poder, principalmente na camada mais pobre da população, se levarmos em conta que o deputado Henrique tem uma grande preferência deste contingente eleitoral, de baixa renda, pela lógica se espera que o efeito Lula seja mais em cima dessas pessoas e se isso acontecer poderá ter um efeito negativo no deputado Henrique. Mas tudo isso é questão que tem que se esperar. Nós não temos bola de cristal para dizer sem ser acima de números”.

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