Goza a Vida: Sabedoria Prática de Eclesiastes


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Goza a Vida: Sabedoria Prática de Eclesiastes

O livro de Eclesiastes demonstra a futilidade da vida e que o supremo propósito e significado da vida podem ser encontrados somente no servir a Deus. Quem quer que busque valor real através de esforço terrestre está condenado ao desapontamento. (Veja “Busca de Satisfação na Vida: A Mensagem de Eclesiastes” D62). Isto não significa, contudo, que a vida deva ser ignorada. Alguns modos de vida são melhores do que outros, e Eclesiastes oferece estratégias valiosas para viver melhor aqui. O que deveria um cristão fazer para obter o máximo da vida sob o sol?

Goza a vida 

A pessoa mundana acha a vida frustrante porque está procurando-a para que lhe dê verdadeira felicidade e satisfação. Somente o cristão pode gozar realmente a vida porque não está tentando fazer com que ela lhe dê algo que seja inerentemente incapaz de dar. Porque o sentimento de realização de um cristão vem através de seu serviço a Deus, ele pode achar alegria nas buscas diárias da vida. Observe estes textos chaves do livro de Eclesiastes:

“Nada há melhor para o homem do que comer, beber e fazer que a sua alma goze o bem do seu trabalho. No entanto, vi também que isto vem da mão de Deus, pois, separado deste, quem pode comer ou quem pode alegrar-se? Porque Deus dá sabedoria, conhecimento e prazer ao homem que lhe agrada; mas ao pecador dá trabalho, para que ele ajunte e amontoe, a fim de dar àquele que agrada a Deus. Também isto é vaidade e correr atrás do vento” (2:24-26).

“Sei que nada há melhor para o homem do que regozijar-se e levar vida regalada; e também é dom de Deus que possa o homem comer, beber e desfrutar o bem de todo o seu trabalho” (3:12-13).

“Eis o que eu vi: boa e bela coisa é comer e beber e gozar cada um do bem de todo o seu trabalho, com que se afadigou debaixo do sol, durante os poucos dias da vida que Deus lhe deu; porque esta é a sua porção. Quanto ao homem a quem Deus conferiu riquezas e bens e lhe deu poder para deles comer, receber a sua porção, e gozar do seu trabalho, isto é dom de Deus. Porque não se lembrará muito dos dias da sua vida, porquanto Deus lhe enche o coração de alegria” (5:18-20).

“Vai, pois, come com alegria o teu pão .e bebe o teu vinho com coração contente; pois há muito que Deus se agrada das tuas obras. Sejam sempre alvas as tuas vestes, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça. Goza a vida com a mulher que amas, todos os dias da tua vida vã, os quais Deus te deu debaixo do sol, todos os dias da tua vida vã; porque este é o teu quinhão nesta vida, e do teu trabalho, que tu fazes debaixo do sol.”(9:7-9).

Deus quer que gozemos a vida. Ele não quer que ponhamos nosso coração nela ou que vendamos nossa alma a ela, mas ele criou muitas coisas para nosso prazer. De fato, até onde respeita a esta vida em si mesma, a melhor coisa que podemos tirar dela é o prazer de viver. Quando vejo a vida como o máximo, sempre sofro abatimento porque ela nunca me dá o que busco. Mas quando eu simplesmente gozo as atividades da vida em si mesmas e não espero nenhuma satisfação maior delas, então posso experimentar a alegria que elas dão. Eclesiastes é um excelente livro para perspectiva porque ele nos ensina contra uma vida frívola e indisciplinada, mas também adverte contra uma vida ascética e miserável. Deus quer que nos regozijemos, porém não que nos devotemos ao prazer.

Sê diligente 

A vida deverá ser vivida entusiasticamente. O Senhor quer que sejamos zelosos e laboriosos. Assim devemos ficar ocupados e fazer tudo aquilo que precisa ser feito e não deixar tudo para depois. Leia estes textos:

“Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque no além, para onde tu vais, não há obra, nem projetos, nem conhecimento, nem sabedoria alguma” (9:10).

“Ai de ti, ó terra cujo rei é criança e cujos príncipes se banqueteiam já de manhã. Ditosa, tu, ó terra cujo rei é filho de nobres e cujos príncipes se sentam à mesa a seu tempo para refazerem as forças e não para bebedice. Pela muita preguiça desaba o teto, e pela frouxidão das mãos goteja a casa” (10:16-18).

“Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás. Reparte com sete e ainda com oito, porque não sabes que mal sobrevirá à terra. Estando as nuvens cheias, derramam aguaceiro sobre a terra; caindo a árvore para o sul ou para o norte, no lugar em que cair, aí ficará. Quem somente observa o vento nunca semeará, e o que olha paras as nuvens nunca segará. Assim como tu não sabes qual o caminho do vento, nem como se formam os ossos no ventre da mulher grávida, assim também não sabes as obras de Deus, que faz todas as coisas. Semeia pela manhã a tua semente e à tarde não repouses a mão, porque não sabes qual prosperará; se esta, se aquela ou se ambas igualmente serão boas” (11:1-6).

Esta última passagem nos ensina a não nos preocuparmos com as minúcias do que pode acontecer. Nunca podemos dominar todas as contingências. Aqueles que esperam por condições ideais nunca realizarão nada. Então, enquanto houver semente para semear, não devemos nos preocupar obsessivamente com a possibilidade de uma tempestade. Precisamos apenas plantá-la. Precaução excessiva paralisa.
Valoriza a camaradagem

As relações são muito mais importantes do que as coisas. Até onde diz respeito à vida em si, amizades são algumas das maiores bênçãos. A pessoa que busca carreira e posição às custas de outros está condenada a uma vida solitária, isolada. Devemos conservar as amizades e dedicar tempo a conversar e cuidar das pessoas que estão à nossa volta. Observe estes comentários incisivos:

“Então, considerei outra vaidade debaixo do sol, isto é, um homem sem ninguém, não tem filho nem irmã; contudo, não cessa de trabalhar, e seus olhos não se fartam de riquezas; e não diz: Para quem trabalho eu, se nego à minha alma os bens da vida? Também isto é vaidade e enfadonho trabalho. Melhor é serem dois do que um, porquê têm melhor paga do seu trabalho. Porque se caírem, um levanta o companheiro; ai, porém do que estiver só; pois, caindo, não haverá quem o levante. Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só como se aquentará? Se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; o cordão de três dobras não se rebenta com facilidade” (4:7-12).

Conquanto um espírito de independência seja bom com moderação, todos são, de fato, dependentes de outros. Pela cooperação realizamos muito mais do que avançando sós. Portanto, devemos cultivar amizades investindo tempo e esforço em nossas relações com outros, especialmente outros cristãos.

Mantém a seriedade 

Goza a vida, mas leva-a a sério, também. Aqueles que só querem rir no seu caminho através da vida perdem aquelas coisas que são mais valiosas. Ganhamos mais indo a um enterro do que a uma festa, e aprendemos mais com uma repreensão do que com uma brincadeira. Eclesiastes nos ajuda tanto com o equilíbrio porque nos ensina a ter alegria, mas a temperá-la com sobriedade. A pessoa equilibrada lucra com o lado sério da vida.

“Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, pois naquela se vê o fim de todos os homens; e os vivos que o tomem em consideração. Melhor é a mágoa do que o riso, porque com a tristeza do rosto se faz melhor o coração. O coração dos sábios está na casa do luto, mas o dos insensatos, na casa da alegria. Melhor é ouvir a repreensão do sábio do que ouvir a canção do insensato. Pois, qual o crepitar dos espinhos debaixo de uma panela, tal é a risada do insensato; também isto é vaidade” (7:2-6).

Usa a sabedoria

Ainda que a sabedoria não seja o segredo do verdadeiro significado da vida (1:12-18), a melhor vida aqui emprega sabedoria. É melhor pensar bem nas coisas e não agir impulsivamente. É melhor planejarmos cuidadosamente e levar tempo para nos equiparmos adequadamente em vez de apressar-nos a uma dada tarefa. Por outro lado, precisamos fazer certas coisas no momento certo, ou será muito tarde.

“Boa é a sabedoria, havendo herança, e de proveito, para os que vêem o sol. A sabedoria protege como protege o dinheiro; mas o proveito da sabedoria é que ela dá vida ao seu possuidor” (7:11-12).

“A sabedoria fortalece ao sábio, mais do que dez poderosos que haja na cidade” (7:19).

“Quem abre uma cova nela cairá, e quem rompe um muro, mordê-lo-á uma cobra. Quem arranca pedras será maltratado por elas, e o que racha lenha expõe-se ao perigo. Se o ferro está embotado, e não se lhe afia o corte, é preciso redobrar a força; mas a sabedoria resolve com bom êxito. Se a cobra morder antes de estar encantada, não há vantagem no encantador” (10:8-11).

Conclusão 

Nenhum destes textos sugere que a verdadeira realização pode ser encontrada na vida, mas mostram que o cristão pode viver a melhor vida aqui aplicando princípios divinos. Não deveríamos nos surpreender ao descobrir que aquele que nos criou sabe como funcionamos melhor. Vamos seguir os princípios de Eclesiastes.

-por Gary Fisher

Leia mais sobre este assunto:
A Mensagem de Eclesiastes: Busca de Satisfação na Vida

 

 

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Levany Júnior

Levany Júnior é Advogado e diretor do Blog do Levany Júnior. Blog aborda notícias principalmente de todo estado do Rio Grande do Norte, grande Natal, Alto do Rodrigues, Pendências, Macau, Assú, Mossoró e todo interior do RN. E-mail: [email protected]

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